Prêmio Mulheres e Ciência: Um Marco na Luta pela Equidade de Gênero na Ciência
Na última quarta-feira, 12 de março, o auditório do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, foi palco da entrega do 1º Prêmio Mulheres e Ciência, uma iniciativa promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em uma cerimônia que simbolizou tanto a celebração das trajetórias de pesquisadoras brasileiras quanto a luta pela equidade de gênero no ambiente científico.
Sob a liderança da ministra Luciana Santos, a premiação reconhecerá seis cientistas de destaque e três instituições que se destacam em suas contribuições para a promoção da igualdade de gênero. Com um investimento de aproximadamente R$ 500 mil, o evento enfatizou a necessidade urgente de garantir a valorização e o reconhecimento do trabalho feminino na ciência. Durante a cerimônia, Luciana Santos, a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do MCTI, destacou sua responsabilidade em implementar políticas públicas que incentivem a participação feminina na ciência. “O Brasil avança quando sua ciência é plural, diversa e acessível a todos e todas”, afirmou.
Ricardo Galvão, presidente do CNPq, também ressaltou a importância do prêmio, não apenas como um reconhecimento, mas como uma ação necessária para corrigir desigualdades históricas enfrentadas pelas mulheres na carreira científica. Ele reiterou que a premiação não é apenas um evento, mas um passo essencial na mudança do cenário atual, onde as contribuições das mulheres para o desenvolvimento científico ainda não são suficientemente reconhecidas.
O Prêmio Mulheres e Ciência foi organizado em três categorias: Estímulo, que premia jovens cientistas de até 45 anos; Trajetória, que reconhece contribuições de mulheres com mais de 46 anos de experiência, e Mérito Institucional, que homenageia instituições que promovem ações voltadas à equidade de gênero. Cada categoria teve vencedoras que se destacaram em suas áreas, demonstrando inovação, liderança e um compromisso inabalável com a ciência e a pesquisa.
Entre as premiadas da categoria Estímulo estão cientistas como Mariana Emerenciano Cavalcanti de Sá, que trabalha no tratamento de leucemias, Patricia Takako Endo, reconhecida por suas contribuições na inteligência artificial em saúde, e Marina Alves Amorim, que investiga políticas públicas para mulheres. Já na categoria Trajetória, as cientistas Camila Cherem Ribas, Mariangela Hungria da Cunha e Débora Diniz Rodrigues foram homenageadas por suas contribuições significativas em áreas diverse, como biodiversidade, agricultura sustentável e direitos das mulheres.
As instituições premiadas incluíram a Universidade Federal Fluminense, a Universidade Federal do Ceará e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Cada uma delas recebeu apoio financeiro para implementar ações que promovam a igualdade de gênero em suas áreas de atuação.
Luciana Santos concluiu a cerimônia reiterando o compromisso do MCTI em realizar mais iniciativas que garantam a participação ativa das mulheres em ciência, tecnologia e inovação. “Equidade, luta e justiça são também questões de excelência. Quanto maior a diversidade, mais rica e produtiva se torna nossa produção científica”, finalizou a ministra.
Perguntas e Respostas Frequentes:
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O que é o Prêmio Mulheres e Ciência?
O Prêmio Mulheres e Ciência é uma iniciativa do MCTI que reconhece as contribuições de pesquisadoras brasileiras e instituições que promovem a equidade de gênero na ciência. -
Quais são as categorias do prêmio?
O prêmio possui três categorias: Estímulo (para cientistas de até 45 anos), Trajetória (para mulheres acima de 46 anos com experiência consolidada) e Mérito Institucional (para instituições que promovem a equidade de gênero). -
Qual é o valor do prêmio?
As vencedoras de cada categoria recebem prêmios em dinheiro e apoio para participação em congressos científicos. Valores variam entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, dependendo da categoria. -
Quem foi a ministra que liderou a cerimônia?
A cerimônia foi liderada por Luciana Santos, a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do MCTI. - Qual é o impacto esperado do prêmio?
O prêmio visa aumentar a visibilidade e valorização do trabalho das mulheres na ciência, promover a equidade de gênero e incentivar novas gerações de cientistas.