Na semana da visibilidade trans, indígenas defendem os direitos LGBTQIA+ em Brasília
Durante a Semana da Visibilidade Trans, que ocorreu entre os dias 25 e 28 de janeiro de 2025, Brasília se tornou palco de uma significativa mobilização em defesa dos direitos LGBTQIA+, com a participação de representantes indígenas. Um dos destaques do evento foi a ativista Samantha Terena, que, vestida de branco e com um imponente cocar cor-de-rosa, expressou a luta dos povos indígenas e a necessidade de garantir direitos à comunidade LGBTQIA+.
Samantha, que é da Terra Indígena Taunay-Ipegue, em Aquidauana (MS), trouxe à tona a importância de se reconhecer a pluralidade de identidades dentro do movimento indígena. “Nossos corpos trans-vestidos sempre existiram. Nossas vidas, enquanto LGBTQIA+, também são importantes. Estamos aqui nessa luta para dizer que os nossos corpos em si já são uma forma de resistência,” afirmou Samantha durante sua apresentação.
O evento recebeu apoio do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e incluiu uma série de encontros e debates que visavam a construção de políticas públicas adequadas às especificidades das comunicações indígenas. Essas discussões fazem parte de uma iniciativa mais ampla para a construção da Política Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
Além da Marsha Nacional pela Visibilidade Trans, participantes do seminário “Representação e Representatividade Transpolítica” na Câmara dos Deputados reforçaram a necessidade de políticas que assegurem os direitos dos indígenas em suas comunidades. Niotxaru Pataxó, coordenador de Política para Indígenas LGBTQIA+ no MPI, destacou a relevância dessas vozes nos espaços de decisão: “Queremos que tenham seus direitos garantidos nas suas próprias aldeias, que não precisem se retirar da comunidade para viver suas vidas."
O Programa Bem Viver+, recém-implementado, busca enfrentar a violência e promover direitos LGBTQIA+ entre povo indígenas e outras comunidades tradicionais, garantindo um acompanhamento técnico e proteção a iniciativas locais e a criação de espaços seguros.
Samantha concluiu sua fala ressaltando que o ativismo em defesa dos direitos LGBTQIA+ é também uma luta por dignidade e resistência. “Ninguém deve ter medo de ser quem realmente é. Somos indígenas e também somos livres para ser quem nós quisermos ser,” disse, sublinhando a importância do respeito pela diversidade de identidades e expressões dentro e fora das comunidades indígenas.
A mobilização em Brasília é um passo significativo para a construção de um futuro em que todos possam viver suas vidas plenamente, sem discriminação.
Perguntas Frequentes
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O que é a Semana da Visibilidade Trans?
- A Semana da Visibilidade Trans é um evento que visa promover os direitos e a visibilidade das pessoas trans, destacando suas lutas e desafios, além de promover a discussão sobre políticas públicas que as atendam.
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Quem participou das mobilizações em Brasília?
- A mobilização contou com a presença de representantes indígenas, incluindo Samantha Terena, que defenderam os direitos LGBTQIA+ e a necessidade de políticas públicas adequadas às suas comunidades.
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Qual é o objetivo do Programa Bem Viver+?
- O Programa Bem Viver+ foi lançado para enfrentar a violência e promover os direitos LGBTQIA+ entre povos indígenas e comunidades tradicionais, criando condições para o combate à LGBTQIAfobia e assegurando melhores atendimentos e políticas públicas.
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Como as políticas públicas podem beneficiar os indígenas LGBTQIA+?
- Políticas públicas específicas podem assegurar direitos fundamentais, como a proteção contra discriminação, acesso a serviços de saúde e o respeito à diversidade de identidade de gênero e orientação sexual nas comunidades indígenas.
- Quais são os principais desafios enfrentados pelas pessoas indígenas LGBTQIA+?
- Os desafios incluem a interseccionalidade de opressões, preconceitos referentes à identidade de gênero e sexualidade, além das dificuldades em se manterem em suas comunidades devido à discriminação e falta de políticas inclusivas.
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