Brasil Reafirma Compromisso com a Igualdade de Gênero e a Erradicação da Fome na ONU
Em um importante evento realizado em Nova York, no dia 13 de março, a secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Valéria Burity, destacou a urgência de compromisso global na luta contra a fome, com um olhar atento à igualdade de gênero. A ocasião aconteceu durante a 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação das Mulheres (CSW69), e o painel intitulado “Mulheres na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, foi uma plataforma para discutir como a fome afeta desproporcionalmente mulheres e meninas.
Burity enfatizou que “a fome tem gênero e raça”, destacando que as mulheres, meninas e populações negras e indígenas são as mais afetadas por essa realidade alarmante. “As ações dirigidas a esse público devem levar em conta não apenas as desigualdades sociais, mas também aquelas que decorrem de raça e gênero”, pontuou a secretária.
O evento contou com a participação da ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves, e de representantes de instituições internacionais, incluindo a FAO e o Banco de Desenvolvimento. A reunião também marcou a adesão da ONU Mulheres à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que foi lançada no Brasil, durante a Cúpula de Líderes em 2023, e tem como objetivo acelerar a erradicação da fome e da pobreza, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A participação das mulheres na cadeia de produção alimentar foi um tema central discutido na reunião. Burity ressaltou que, apesar de serem fundamentais, as mulheres estão entre as mais impactadas pela insegurança alimentar. “Precisamos garantir que as políticas cheguem a elas de forma prioritária”, afirmou ela, enfatizando a necessidade de initiatives que as incluam nas políticas públicas.
O Brasil continua fazendo progressos em ações concretas para promover a igualdade de gênero em suas estratégias de combate à fome. A secretária Burity destacou a priorização de mulheres chefes de família no acesso ao Programa Bolsa Família e a ampliação da participação feminina no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) como exemplos de políticas práticas. Além disso, o Plano Brasil Sem Fome busca colocar as mulheres no centro das estratégias voltadas à segurança alimentar e nutricional.
A ministra Aparecida Gonçalves também sublinhou a importância de investimentos direcionados a mulheres e meninas, afirmando que garantir a autonomia econômica delas é crucial e requer acesso à educação, alimentação adequada e saúde.
Durante a CSW69, uma das mais importantes conferências internacionais sobre os direitos das mulheres, o Brasil se comprometeu a seguir promovendo a cooperação internacional para fortalecer a agenda de segurança alimentar e combater desigualdades de gênero. “Estamos falando de direitos fundamentais. O Brasil tem o compromisso de garantir que nenhuma mulher e nenhuma menina fique para trás”, concluiu Burity.
Perguntas e Respostas:
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Qual é o objetivo da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza?
- A Aliança busca acelerar a erradicação da fome e da pobreza e contribuir para o cumprimento dos ODS 1 e 2 da ONU.
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Por que a fome tem um impacto desproporcional sobre mulheres e meninas?
- Mulheres, meninas e comunidades negras e indígenas enfrentam múltiplas desigualdades sociais, raciais e de gênero que as tornam mais vulneráveis à fome e à pobreza.
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Quais ações o Brasil está tomando para combater a fome com foco nas mulheres?
- O Brasil priorizou mulheres chefes de família no Programa Bolsa Família e ampliou a participação feminina no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
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Qual o papel das mulheres na cadeia de produção de alimentos?
- As mulheres desempenham um papel fundamental, desde a agricultura familiar até as cozinhas solidárias, mas são frequentemente as mais afetadas pela insegurança alimentar.
- Como o Brasil planeja continuar sua atuação na luta contra a fome e desigualdade?
- O Brasil se comprometeu a promover a cooperação internacional e implementar políticas que assegurem direitos fundamentais, garantido que nenhuma mulher ou menina fique para trás.