Os notebooks com processadores baseados em ARM ganharam destaque desde que a Apple lançou o chip M1 em 2020, que apresentou um desempenho comparável ao de processadores de desktops de alta performance, além de uma eficiência energética incomparável. Desde então, a Intel e a AMD têm tentado acompanhar a tendência, introduzindo seus próprios processadores x86, mas o cenário atual indica que os notebooks com ARM estão se consolidando cada vez mais no mercado. De acordo com previsões de uma empresa de pesquisa, até 2029, estima-se que 40% de todos os laptops comercializados contarão com chipsets ARM, representando um desafio significativo para as CPUs x86.
Além disso, novos jogadores estão entrando nesse espaço, destacando-se MediaTek e Huawei, que devem lançar seus próprios chipsets no próximo ano. A Qualcomm também se juntou à concorrência com o lançamento dos chips Snapdragon X Elite e Snapdragon X Plus, o que promete aumentar a participação de mercado desses dispositivos com Windows. O CEO da Qualcomm, Christiano Amon, mencionou que, a partir de 2025, diversas notebooks equipadas com esses chips poderão ser adquiridas a partir de apenas $700, tornando-os mais acessíveis a um público maior.
A tendência é clara: os notebooks ARM estão em ascensão. A TechInsights prevê que, em dez unidades de laptops enviadas até 2029, quatro delas terão chipsets que não utilizam a arquitetura x86. O surgimento de novos concorrentes deve impulsionar ainda mais a adoção desses dispositivos. A MediaTek e a NVIDIA, por exemplo, planejam lançar em 2025 um “AI PC,” que será produzido em massa na arquitetura de 3nm da TSMC.
Embora Huawei tenha adiado o lançamento de seu chipset personalizado, a empresa está determinada a capturar uma parte desse mercado, mesmo diante das sanções comerciais que limitam suas opções. Anteriormente, a Apple dominava essa área com seu chip M1, mas a entrada de novos competidores torna o cenário mais dinâmico e atraente. Os consumidores estão cada vez mais interessados em notebooks que oferecem uma excelente relação desempenho/consumo de energia, além de durações de bateria que podem durar várias horas.
Para os notebooks que rodam Windows, o principal desafio reside em adaptar aplicativos nativos à plataforma ARM e aprimorar as capacidades gráficas para garantir uma experiência de jogo fluida, sem sacrificar a qualidade visual. Com o tempo, espera-se que os fabricantes de chips consigam resolver essas questões, proporcionando uma competição justa para a plataforma x86.
