quinta-feira, agosto 14, 2025
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NASA pretende implantar um reator nuclear na Lua até 2030 para energia estratégica.

A NASA, sob a liderança interina de Sean Duffy, anunciou que tem o objetivo de colocar um reator nuclear de 100 quilowatts na Lua até 2030, com a finalidade de fornecer energia para uma futura base lunar. Duffy descreveu essa iniciativa como uma nova corrida lunar, destacando a importância de estabelecer uma presença estratégica e manter uma vantagem competitiva para os Estados Unidos. Durante uma coletiva de imprensa intitulada “Liberando a Dominância Americana em Drones”, ele enfatizou a necessidade de uma fonte de energia confiável na superfície lunar. Para isso, a NASA antecipou em um ano o lançamento de sua nova espaçonave de pouso tripulada, uma medida que visa garantir o acesso a recursos valiosos na Lua e preparar o terreno para explorações mais profundas que estão a pelo menos quatro anos de distância.

Conforme ressaltado na coletiva, a obtenção de energia confiável é fundamental tanto para a exploração quanto para a instalação de uma base lunar a longo prazo. Painéis solares se mostram ineficazes durante as duas semanas de noite lunar, tornando o reator nuclear uma opção capaz de fornecer eletricidade contínua mesmo na escuridão. Essa fonte de energia seria especialmente valiosa no polo sul lunar, onde sombras permanentes ocultam depósitos de água e gelo, essenciais para a vida e combustível. Assim, um fornecimento constante de energia nessa região ampliaria as capacidades das missões e, estrategicamente, a instalação de um reator ajudaria a garantir território importante.

China e Rússia planejam construir um reator até a metade da década de 2030, e oficiais americanos alertam que o primeiro país a fazê-lo poderá efetivamente reclamar essa região, criando uma zona de “não entrada”. Duffy chegou a afirmar que o polo sul da Lua é o melhor local, rico em gelo e luz solar, e enfatizou a necessidade de os Estados Unidos “chegarem primeiro e reivindicarem isso para a América”.

A diretriz estabelece prazos próximos. A NASA deve nomear um gerente para o programa do reator lunar em até 30 dias e solicitar propostas da indústria em até 60 dias, com o objetivo de ter um reator de 100 kW pronto para voo por volta de 2030.

Entretanto, o plano enfrenta grandes desafios. O orçamento de 2026 destina cerca de 350 milhões de dólares para impulsionar a geração de energia por fissão lunar (com previsão de aumento para 500 milhões de dólares até 2027), mas também propõe cortes significativos no financiamento geral da NASA. Analistas observam que esse seria o menor orçamento da agência em décadas. Enquanto isso, a NASA está reduzindo programas científicos e até mesmo seu quadro de funcionários.

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