O PS5 alcança a marca de 80,3 milhões de unidades vendidas, mas a estratégia de jogos live service da Sony gera críticas. Helldivers 2 se destaca como uma exceção entre outras falhas, como o jogo Concord.
De acordo com o mais recente relatório financeiro trimestral da Sony, o PlayStation 5 vendeu 80,3 milhões de unidades, representando um crescimento de 4% em relação ao ano anterior.
Apesar do sucesso nas vendas, questionamentos sobre a direção da empresa surgem, especialmente em relação aos exclusivos e à aposta em jogos live service.
Desempenho financeiro sólido, mas sombra do PS4 persiste
Nos primeiros três meses de 2025, a Sony enviou 2,5 milhões de PS5, um leve aumento em comparação com os 2,4 milhões do mesmo período em 2024. As vendas digitais atingiram 83% do total, subindo de 80% no ano passado.
O número de usuários ativos mensais na PlayStation Network cresceu para 123 milhões, uma alta de 6% em relação a 2024.
Apesar dessas boas notícias, o PS5 ainda está atrás do ritmo de vendas do PS4, que alcançou 82,3 milhões em junho de 2018.
Especialistas destacam que fatores como a pandemia de COVID-19, a escassez de chips e o aumento nos preços devido à inflação impactaram negativamente as vendas iniciais do console.
Falta de exclusivos e aposta arriscada em Live Service geram insatisfação
Embora o hardware esteja em ascensão, a estratégia de software da Sony tem recebido críticas, até mesmo de seus próprios executivos. Nos últimos três anos, os fãs têm manifestado descontentamento com a escassez de exclusivos single-player e a mudança para títulos live service.
Fontes indicam que, cerca de dois anos após o lançamento do PS5, a Sony teria instruído seus estúdios a priorizar títulos voltados para monetização contínua, ao invés de oferecer experiências narrativas.
O grande fracasso de Concord, um jogo de tiro que custou US$ 400 milhões e foi retirado após duas semanas, exemplifica os perigos dessa abordagem.
Apesar das controvérsias, a Sony reafirma seu compromisso com o modelo live service, o que gera apreensão entre os jogadores.
Helldivers 2 surge como exceção, enquanto Bungie enfria
Atualmente, o único sucesso nesse segmento é Helldivers 2, desenvolvido pelo estúdio Arrowhead.
Curiosamente, a empresa optou por lançar o título também para o Xbox Series X|S, uma decisão que indica uma possível abertura para o mercado multiplataforma.
Por outro lado, a situação da Bungie, adquirida por US$ 3,6 bilhões em 2022, é preocupante. Destiny 2 enfrenta um declínio notável, e o jogo Marathon foi adiado.
A Sony está agora reduzindo a autonomia do estúdio e integrando-o mais à PlayStation Studios.
CFO admite dificuldades, mas mantém otimismo cauteloso
Em coletiva de imprensa, a CFO Lin Tao admitiu que a transição para jogos live service “não está ocorrendo sem desafios”, mas destacou que, em cinco anos, a Sony aumentou seus títulos nesse modelo de quase nenhum para quatro em operação, incluindo Helldivers 2, MLB: The Show, Gran Turismo 7 e Destiny 2.
Ela também mencionou que 40% da receita dos jogos first-party desse trimestre vieram de live services, mas previu que, no ano fiscal, esse número deve ficar entre 20% e 30%.
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PlayStation 5 alcança 80,3 milhões em vendas, mas futuro é incerto
A falta de uma estratégia clara para exclusivos single-player e a incerteza sobre os jogos live service criam dúvidas sobre os próximos anos.
Os fãs esperam por indícios de que a Sony ainda valoriza experiências narrativas tradicionais, que foram fundamentais para o sucesso do PS4 e do PS3.
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Fontes: wccftech | Metro
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