A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participou na quinta-feira (4) da abertura da 36ª Bienal de São Paulo, intitulada "Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática". O evento, restrito a convidados, dá início a uma edição que promete fomentar debates artísticos e sociais em uma escala internacional.
Menezes ressaltou a importância do evento, afirmando que a temática da igualdade, que une poesia e música, propõe uma reflexão sobre questões profundas. O Ministério da Cultura (MinC) reafirma seu apoio à diversidade cultural e ao fortalecimento das artes, com recursos oriundos da Lei Rouanet.
Henilton Menezes, secretário de Fomento e Incentivo à Cultura do MinC, destacou que a Bienal é integralmente financiada pela Lei Rouanet, permitindo o acesso gratuito ao maior evento de artes visuais do Brasil. Ele ainda mencionou que, atualmente, existem 4,8 mil projetos em execução, enfatizando que a política cultural se destina a todos.
A Fundação Bienal de São Paulo, responsável pela realização do evento, possui um plano quadrienal aprovado que conta com financiamento federal de R$ 263,1 milhões, dos quais R$ 35,7 milhões já foram captados. Historicamente, a parceria com a Lei de Incentivo à Cultura possibilitou a viabilização de mais de R$ 335,3 milhões para edições anteriores.
Maria Marighella, presidenta da Funarte, afirmou que a presença das instituições culturais reforça que a política cultural beneficia a sociedade como um todo, garantindo que todos possam vivenciar a experiência artística. Tião Soares, diretor de Promoção das Culturas Populares do MinC, caracterizou a exposição como um espaço propício para a criação de novas perspectivas de desenvolvimento social.
A 36ª Bienal de São Paulo estará aberta ao público de 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026, ocupando o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, e a Casa do Povo, no centro da capital, com entrada gratuita.
Com curadoria do Prof. Dr. Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e colaboração de outros cocuradores, a edição de 2025 se inspira no poema "Da calma e do silêncio", da escritora afro-brasileira Conceição Evaristo, promovendo uma reflexão sobre a humanidade como uma prática viva.
A proposta curatorial, guiada pela metáfora do estuário, é estruturada em três eixos: reivindicar espaço e tempo, convidar o público a se ver no outro e refletir sobre encontros que relacionam passado colonial e a formação cultural do Brasil.
Criada em 1951, a Bienal de São Paulo se consolidou como referência global nas artes, ampliando seu papel como espaço de debate crítico e diálogo entre culturas. Andrea Pinheiro, presidente da Fundação Bienal, destacou que a missão do evento é produzir sentido e criar oportunidades de acesso e troca.
Hugo Barreto, diretor-presidente da Vale, patrocinadora do evento, ressaltou o orgulho em apoiar a Bienal, que também será levada a outras cidades, aproximando a arte de diversos públicos.
Antes da abertura da Bienal, Margareth Menezes visitou a Faculdade Zumbi dos Palmares, onde foi recepcionada por representantes da instituição. A ministra elogiou o papel da universidade no combate à intolerância e ao racismo, reconhecendo sua relevância para a sociedade brasileira.
Durante a visita, ela conheceu as instalações da faculdade e inaugurou um novo espaço de enfermagem voltado para a saúde da população negra. O reitor da instituição, José Vicente, celebrou o impacto histórico do trabalho desenvolvido ao longo de duas décadas.
A Universidade Zumbi dos Palmares, pioneira em adotar ações afirmativas no Brasil, tem destacado seu papel na promoção do acesso de jovens negros ao ensino superior e na valorização da cultura negra.
Serviço: 36ª Bienal de São Paulo
- Data: 6 de setembro de 2025 a 11 de janeiro de 2026
- Local: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque do Ibirapuera e Casa do Povo, centro da capital paulista
- Entrada: Gratuita
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