O II Encontro Nacional do Programa Cozinha Solidária, realizado no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro, reúne representantes de 60 cozinhas solidárias, mais de 20 entidades gestoras, movimentos sociais, universidades e órgãos públicos para avaliar avanços e elaborar propostas para o futuro desta política pública de combate à fome.
Iniciado na quarta-feira (3) e com término previsto para essa quinta-feira (4), o evento tem como tema “Alimentar a esperança de um Brasil justo e solidário”. Organizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), em colaboração com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o encontro busca reforçar a importância das políticas públicas na superação da fome.
A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, destacou que a realização do evento é um marco, especialmente em um momento em que o país celebra a saída do Mapa da Fome. “Embora tenhamos avançado, ainda há muitos desafios pela frente”, comentou Rahal, ressaltando a relevância da parceria com a sociedade civil para garantir acesso à alimentação.
Ana Carolina Souza, coordenadora-geral de Cozinhas Solidárias do MDS, afirmou que o encontro representa um avanço na consolidação da política, permitindo uma análise crítica das ações já realizadas. Com mais de mil cozinhas habilitadas e um significativo número recebendo alimentos da agricultura familiar, o programa sustenta 295 mil refeições diárias, alcançando comunidades em situações críticas de insegurança alimentar.
Patrícia Gentil, diretora de Departamento de Promoção da Alimentação Adequada e Saudável do MDS, enfatizou que o programa é crucial para socorrer os brasileiros em grave insegurança alimentar. Desde seu lançamento, o programa, dividido em três modalidades—apoio financeiro, fornecimento de alimentos e capacitação—mostra resultados positivos no fortalecimento de redes locais.
A conexão entre pequenos agricultores e cozinhas solidárias é um destaque. Daniele Custódio, coordenadora-geral do Instituto Kairós, exemplificou com o cultivo comunitário e sua importância na promoção da segurança alimentar. Para Custódio, essa rede vai além da simples distribuição de alimentos, representando esperança e dignidade.
O II Encontro Nacional do Programa Cozinha Solidária inclui plenárias, painéis temáticos, oficinas e atividades culturais, favorecendo a troca de experiências entre as diversas regiões do país e valorizando o protagonismo das cozinhas nos seus territórios.
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