O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,4% no segundo trimestre de 2023 em comparação ao primeiro, superando a mediana das expectativas do mercado, que previa uma alta de 0,3%. No entanto, o aumento indica sinais de desaceleração, já que no primeiro trimestre o crescimento havia sido de 1,3% em relação ao quarto trimestre de 2022, conforme apontou a Secretaria Executiva do Ministério do Planejamento e Orçamento (SE/MPO).
Entre os setores, a Agropecuária destacou-se negativamente, apresentando uma retração de 0,1%, após uma expansão expressiva de 12,3% no semestre anterior. Em contraste, o setor de Serviços registrou um crescimento de 0,6%, e a Indústria teve um aumento de 0,5%, com a alta concentrada nas Indústrias Extrativas. Os demais segmentos industriais mostraram queda.
A análise da demanda revelou uma queda de 2,2% nos investimentos, interrompendo uma sequência de seis aumentos consecutivos, além de uma redução de 0,6% no Consumo do Governo. Por outro lado, o Consumo das Famílias mostrou resiliência, com uma alta de 0,5%, e o setor externo teve uma contribuição positiva ao resultado trimestral.
Em relação ao segundo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,2%, alinhando-se às expectativas do mercado. As elevações de 10,1% na Agropecuária e de 8,7% na Indústria Extrativa foram os principais destaques, enquanto a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 4,1%, impulsionando o PIB do ponto de vista da demanda.
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