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Curso de letramento racial do MIR atinge recorde de inscrições

O curso virtual “Letramento Racial Aplicado ao Setor Público”, lançado pelo Governo do Brasil em junho, registrou um expressivo número de inscrições, totalizando quase 17.500 até o final de agosto. Esta cifra supera em 1.200% a média histórica de cursos semelhantes, evidenciando a alta demanda por formação antirracista no país.

Desenvolvido em parceria entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR), através da Secretaria de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Senapir), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o curso já emitiu aproximadamente 6 mil certificados, sendo mais de 4.500 destinados a servidores públicos.

O secretário de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, Clédisson Júnior, destacou que o elevado número de inscrições e certificados emitidos demonstra a prontidão da sociedade brasileira para avançar no enfrentamento do racismo. “O sucesso do curso confirma que investir em letramento racial é estratégico para um serviço público comprometido com a igualdade de direitos”, afirmou. Ele considerou os resultados como motivo de orgulho e reforço à missão do Ministério da Igualdade Racial, que busca tornar a justiça racial uma responsabilidade coletiva.

O impacto do curso ultrapassou as fronteiras do Brasil, atraindo participantes de todos os 26 estados e do Distrito Federal, além de inscritos de países como Cabo Verde, Portugal, França, Canadá, Estados Unidos, Países Baixos, Reino Unido, Uruguai, Colômbia, Espanha, Moçambique, Alemanha, Antártica, Irlanda, Nicarágua, Venezuela, Angola, Argentina e Guiné Bissau.

Dos participantes, 66% têm vínculo com o setor público, enquanto 34% pertencem à sociedade civil, destacando que mais de 5 mil pessoas procuraram capacitação voluntária sobre o tema. Entre as cinco unidades da federação com maior participação, São Paulo lidera com 20,8%, seguido por Rio de Janeiro (10,9%), Minas Gerais (9,2%), Bahia (6,2%) e Piauí (5,2%).

Tatiana Silva, diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação, ressaltou que os dados refletem um crescente compromisso com a transformação do serviço público. “Esses números indicam que a administração pública está reconhecendo sua responsabilidade institucional no combate ao racismo”, enfatizou.

Os dados revelam que 38,31% dos inscritos têm até 30 anos, e 30,12% estão na faixa entre 31 e 40 anos, demonstrando o engajamento das gerações mais jovens com a pauta antirracista.

Taís Machado, coordenadora de Avaliação e Formação em Políticas Públicas na Senapir, observou que os números indicam uma real procura por conhecimento sobre letramento racial. “Servidores públicos e a sociedade civil estão conscientes da urgência de se capacitar para atuar de forma antirracista”, afirmou.

O curso, que continua disponível gratuitamente na plataforma da Escola Virtual de Governo (EV.G), oferece um certificado de 30 horas e abrange cinco módulos que tratam da história do racismo no Brasil e de instrumentos práticos para a implementação de políticas antirracistas.
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