O Porto de Santos, crucial para o comércio exterior brasileiro, avançou seis posições no ranking da Lloyd’s List, passando da 43ª para a 37ª posição, e se tornou o líder na América Latina em movimentação de contêineres.
De acordo com o relatório, o complexo portuário movimentou 5,4 milhões de TEU em 2024, representando um aumento de 14,7% em relação ao ano anterior. Esse desempenho coloca Santos à frente de importantes portos mundiais, como Valência, Abu Dhabi, Pireu e Dalian, refletindo sua relevância para a economia brasileira e para a competitividade em setores como o agronegócio e indústria.
As expectativas de crescimento continuam em 2025, com Santos atingindo um novo recorde mensal em julho, com 534,6 mil TEU movimentados—8,5% a mais do que no mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a julho, foram 3,3 milhões de TEU, uma alta de 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além dos contêineres, todas as cargas registraram aumento, e julho de 2025 se destacou como o melhor mês da história em volume total, com 17,4 milhões de toneladas, um milhão a mais do que o registrado em julho de 2024.
Este desempenho se alinha a um ciclo de investimentos, tanto públicos quanto privados, com foco na modernização da infraestrutura e ampliação da capacidade operacional do porto. Um dos projetos destacados é a construção de dois novos berços públicos para granéis líquidos na Alemoa, com um investimento estimado de R$ 400 milhões, que deve aumentar em cerca de 3 milhões de toneladas/ano a capacidade do porto.
Outros planos significativos incluem o leilão do terminal Tecon Santos 10, programado para dezembro de 2025, que prevê um aumento de 50% na capacidade de movimentação de contêineres.
Na margem esquerda do porto, as obras de ampliação do terminal da DP World já estão em andamento, com um projeto que prevê a extensão do cais em 190 metros e a aquisição de novos equipamentos, permitindo que o terminal atinja uma capacidade de 1,7 milhão de TEUs anuais até 2026.
Além disso, estão sendo realizados estudos para a expansão da poligonal portuária, com a expectativa de divulgação da primeira etapa até outubro. Essa iniciativa é crucial para liberar novas áreas estratégicas, atrair investimentos e alinhar a operação do porto às exigências ambientais e urbanísticas da região.
Essas ações fazem parte do maior pacote de concessões da história do setor portuário, promovido pelo governo federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos.
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