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A PF desmantela uma organização criminosa transnacional responsável pelo tráfico de mulheres brasileiras

Brasília, 28/8/2025 – A Polícia Federal (PF) desarticulou, nesta quinta-feira (28), uma organização criminosa transnacional que aliciava mulheres brasileiras por meio de falsas promessas de trabalho no exterior, na Operação Promessa Ilusória. Ao chegarem ao destino, as vítimas eram submetidas a condições degradantes, além de ameaças, controle financeiro e restrição de liberdade, configurando tráfico de pessoas para exploração sexual.

A operação foi desencadeada após uma denúncia anônima recebida pelo Comunica PF. A PF atua em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública no combate ao tráfico de pessoas, focando na prevenção, proteção e assistência às vítimas, além da repressão a esse crime.

Marina Bernardes, coordenadora-geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes, destacou a complexidade do tráfico, que explora vulnerabilidades sociais e econômicas. Ela afirmou: “As vítimas são enganadas por promessas de oportunidades, mas acabam submetidas a exploração e violência.”

No Brasil, o tráfico de pessoas é mais comum para fins de exploração sexual e trabalho análogo à escravidão, embora outras finalidades, como servidão, adoção ilegal e tráfico de órgãos, também sejam relatadas.

Canais de denúncia incluem o Comunica PF, o Disque 100 para violações de direitos humanos e o Ligue 180 para casos de violência contra mulheres. Para brasileiros no exterior, a orientação é procurar a Embaixada ou Consulado do Brasil, ou contatar o Plantão Consular do Itamaraty fora do horário comercial.

A Operação Promessa Ilusória resultou em um mandado de busca e apreensão, sequestro de bens e prisão preventiva das principais investigadas. A Justiça Federal também autorizou o bloqueio de ativos financeiros, imóveis, veículos e criptoativos até o montante estimado de R$ 8,3 milhões, correspondente ao lucro obtido com a exploração das vítimas.

A investigação revelou a identificação de pessoas envolvidas tanto no Brasil quanto no exterior, a partir de denúncias sobre mulheres recrutadas via redes sociais com promessas de segurança e lucros em atuações na Europa. Os diligências mostraram que as investigadas usavam codinomes em sites de prostituição, controlavam anúncios, impunham dívidas abusivas e intimidavam as mulheres com indivíduos armados, além de registros de ameaças de morte e cárcere privado.

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