O II Encontro Regional do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) está em andamento em Boa Vista, Roraima, com o tema “Fortalecer o Sisan com governança participativa e Intersetorial”. O evento, que acontece de 19 a 21 de agosto, é organizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Reúne representantes do Governo Federal, membros das Câmaras Intersecretariais de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), os Conseas dos Estados da região Norte e a sociedade civil.
A abertura foi conduzida por Tânia Soares de Souza, presidente da Caisan de Roraima, com a moderação das palestras a cargo de Élcio Magalhães, diretor de Programas da Secretaria Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome. A mesa de abertura contou com a presença de Elisabetta Recine, presidenta do Consea, que coordenou as atividades com apoio de Marília Leão, secretária-executiva do Consea, e das consultoras Camila Ceylão e Bárbara Leone.
Luíza Trabuco, secretária Extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, apresentou um panorama do Sisan na região Norte, celebrando sua expansão e enfatizando a importância da colaboração entre entes governamentais e a sociedade civil. “Fortalecer o Sisan é fortalecer a democracia. Nossas reuniões e discussões sobre os desafios enfrentados pelas comunidades são essenciais para ampliar o diálogo e encontrar soluções”, afirmou.
Lilian Rahal, Secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, discorreu sobre a emergência climática e a segurança alimentar na região, destacando que povos e comunidades tradicionais são os mais impactados pela insegurança alimentar, que afeta cerca de 11,8% da população. Rahal apresentou dois instrumentos importantes do governo federal para mitigar os efeitos das mudanças climáticas sobre os sistemas alimentares: o Plano Clima e o Marco de Referência em Sistemas Alimentares e Clima para Políticas Públicas, além de programas como o Cozinha Solidária.
Elisabetta Recine também destacou a relevância da voz ativa da sociedade civil, ressaltando que, embora a escuta seja vital, sua eficácia depende da participação ativa em processos de implementação de políticas públicas. “Queremos participar efetivamente na política pública e entender como os objetivos estão sendo atendidos nas comunidades”, enfatizou.
O presidente do Consea de Roraima, Antônio Rodrigues da Cruz Filho, ressaltou a resiliência do Consea estadual durante a pandemia e a necessidade de mais estrutura e orçamento. Já os representantes dos Conseas do Pará e Amazonas discutiram os desafios para a implementação de políticas públicas na região, incluindo a integração de conferências estaduais e municipais.
Na sequência, foram abordados diversos grupos de trabalho dedicados a temas essenciais para o avanço do Sisan, cujas oficinas intersetoriais no terceiro dia do evento abordarão assuntos como abastecimento, compras públicas da agricultura familiar e monitoramento participativo de políticas públicas.
O primeiro encontro regional do Sisan foi realizado em Recife, Pernambuco, e os próximos encontros estão agendados para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul até novembro.
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