O Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) aprovou a Iniciativa Global de Microfinanças para Ação Liderada Localmente, com um financiamento de US$ 9,2 milhões e cofinanciamento estimado em US$ 1,5 bilhão. Implementada pelo Banco Mundial, a iniciativa será desenvolvida em sete países: Brasil, Colômbia, Madagascar, Nigéria, África do Sul, Tanzânia e Turquia.
O objetivo do projeto é fortalecer o ecossistema de microfinanças voltado para soluções ambientais e climáticas em nível comunitário, proporcionando acesso a recursos financeiros para pequenos negócios e empreendedores que atuam na conservação da natureza, no uso sustentável de recursos e na adaptação às mudanças climáticas.
No Brasil, a iniciativa contará com um investimento estimado em US$ 750 mil do GEF, priorizando ações lideradas por comunidades indígenas. O plano de trabalho será elaborado em colaboração com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), com início previsto para entre agosto e setembro de 2025.
O Ministério da Fazenda, atuando como Ponto Focal Operacional do GEF no Brasil, foi responsável pela análise e pelo endosso institucional da proposta, coordenando os trâmites técnicos e interministeriais necessários para a participação brasileira na iniciativa.
Entre os resultados esperados, destacam-se:
– Capacitação de organizações indígenas para desenvolver e gerenciar mecanismos de microfinanças que respeitem seus contextos culturais.
– Projetos-piloto de microcrédito direcionados a negócios indígenas com foco em soluções sustentáveis.
– Apoio a empreendimentos na adoção de práticas resilientes ao clima e na integração às cadeias produtivas.
– Estímulo a diálogos políticos e intercâmbios de conhecimento para criar mecanismos financeiros dedicados aos povos indígenas, com base em experiências nacionais e internacionais.
Essa iniciativa se alinha aos esforços em andamento no Brasil para aumentar o protagonismo de comunidades indígenas e tradicionais na agenda de desenvolvimento sustentável, contribuindo para sua autonomia econômica e para a valorização dos saberes ancestrais como ativos estratégicos na resposta às crises climática e da biodiversidade.
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