Brasília, 26/08/2025 – O 3º Encontro Técnico da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim) terá como principais objetivos a integração das instituições de segurança pública, o compartilhamento de conhecimentos e a formulação de estratégias para desmantelar grupos ilegais. O evento ocorrerá em Curitiba (PR) de terça-feira (26) a quinta-feira (28).
Nos três dias de debates, que acontecerão na sede do Ministério Público do Paraná e na Escola Superior da Polícia Civil do estado, serão abordados temas relevantes como cadeia de custódia e vestígios digitais, o uso de inteligência artificial na persecução penal, recuperação de ativos e gestão patrimonial, criminalidade econômica relacionada a criptoativos, operações interagências, além de parcerias com instituições bancárias para investigação criminal.
O encontro também discutirá novas tecnologias e metodologias de investigação, casos de sucesso no combate ao crime organizado e os futuros desafios e perspectivas da área. Participam do evento policiais civis das 27 unidades da Federação, delegados de unidades especializadas, promotores de Justiça e juízes de varas focadas em crime organizado.
A programação inclui palestras, mesas-redondas e workshops, com o intuito de aprofundar conhecimentos em áreas específicas e promover a troca de experiências entre os profissionais da segurança pública.
Mario Sarrubbo, titular da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), afirmou que a Renorcrim é um instrumento crucial para a implementação de políticas públicas efetivas contra organizações criminosas. Ele ressaltou a importância da integração entre as forças de segurança, destacando a necessidade de resultados concretos para desmantelar esses grupos.
“O crime organizado é interconectado, e apenas ações integradas entre forças estaduais e federais podem garantir eficiência. A Renorcrim representa um passo fundamental nesse sentido”, afirmou. Segundo Sarrubbo, a rede já demonstra resultados positivos, fruto de um planejamento cuidadoso.
O diretor de Inteligência e Operações Integradas (Diopi), Rodney da Silva, enfatizou que o enfrentamento ao crime organizado requer a colaboração não só das forças de segurança, mas também do Ministério Público, do Judiciário e da sociedade. Ele destacou que a confiança e interoperabilidade entre essas entidades são essenciais para substituir a abordagem isolada por uma de colaboração.
Renorcrim
A Renorcrim busca potencializar as unidades especializadas da segurança pública, estabelecendo diretrizes colaborativas e operações coordenadas para desmantelar grupos criminosos. Para isso, a rede prioriza a capacitação contínua de profissionais, a construção de fluxos eficientes de informação, o investimento em tecnologia e a troca de boas práticas entre instituições.
Nos próximos anos, a expectativa é expandir as ações através de operações integradas, reuniões técnicas periódicas e aquisição de novos equipamentos. A Renorcrim é coordenada pelo MJSP, por meio da Diopi, e conta com representantes das Polícias Civis, órgãos federais e estaduais, além de parcerias com supervisores das Ficcos, da Polícia Federal e dos Gaecos de todas as unidades da Federação.
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