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Tebet afirma que o projeto da ferrovia Atlântico–Pacífico será um legado desta gestão para a próxima

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, anunciou nesta terça-feira (12) durante uma audiência na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado que o Governo Federal se compromete a finalizar, até o final de 2026, o projeto básico e executivo da Ferrovia Atlântico–Pacífico. A obra, que conectará Ilhéus (BA) ao Peru, será projetada para seguir ao longo de rodovias existentes, minimizando impactos ambientais e agilizando o processo de licenciamento.

Tebet ressaltou que, embora o projeto seja antigo, a atual gestão assumiu o compromisso de entregá-lo como uma política de Estado. Com a conclusão dos estudos, a próxima administração terá a capacidade de licitar trechos e iniciar as obras, incluindo a possibilidade de execução simultânea por grupos empresariais distintos. A ministra considera essa iniciativa um legado importante para a integração logística do Brasil com a América do Sul e o comércio com a Ásia.

Ela destacou que a escolha de trabalhar com a China em vez de com países europeus se deve à expertise necessária para a realização do projeto. A Infra-S.A., estatal responsável por estudos de infraestrutura, havia estimado um prazo de cinco a sete anos para a conclusão do projeto, mas a China se comprometeu a entregar o projeto básico e executivo em 18 meses.

O modelo contemplado pela pasta prevê que diferentes trechos da ferrovia sejam construídos por distintos grupos empresariais, o que pode acelerar a conclusão da obra. “Se a gente fizer esse trecho com uma empresa e o trecho do Mato Grosso com outra, estamos falando em uma ferrovia que pode ser concluída em cinco anos”, afirmou a ministra.

Tebet também enfatizou a estratégia de margear rodovias já existentes, o que reduzirá riscos de atrasos por disputas judiciais e trâmites de licenças ambientais. A expectativa é de que o projeto seja entregue até o final de 2026, permitindo ao futuro governo a possibilidade de iniciar as obras.

A ferrovia é vista como um ponto crucial para otimizar a exportação Brasil-Ásia, criando uma rota menos dependente dos portos do Atlântico. “Estamos plantando uma semente para que uma árvore possa frutificar no futuro”, declarou Tebet.

Durante a reunião, a ministra também apresentou um balanço do programa Rotas de Integração Sul-Americanas, que visa conectar todos os estados brasileiros a países vizinhos por meio de corredores logísticos. Segundo Tebet, esse programa tem o potencial de expandir o comércio intrarregional, atualmente limitado a 15% das transações na América do Sul.

A ministra detalhou ainda as medidas que o governo federal está preparando em resposta à sobretaxa imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Ela garantiu que o pacote não impactará a dívida pública nem pressionará a inflação.

O “tarifaço” norte-americano afeta diretamente setores estratégicos e foi alvo de um mapeamento detalhado pelo governo, que identificou quais setores exportadores foram mais impactados. Tebet informou que a proposta de resposta será enviada ao Congresso Nacional em breve, enfatizando a importância da colaboração parlamentar para otimizar o plano e mitigar perdas econômicas sem comprometer a saúde fiscal.

Ela adiantou que as ações propostas terão um “impacto fiscal muito pequeno” e seguirão um modelo semelhante a políticas emergenciais implementadas anteriormente, com adaptações para a situação atual.
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