Em março de 2025, os ativos geridos pelas entidades de previdência complementar chegaram a R$ 3,02 trilhões, representando 25% do PIB brasileiro. Deste montante, as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) detêm R$ 1,34 trilhão, dos quais R$ 840 bilhões estão alocados em Títulos Públicos Federais. Esse cenário reflete a relevância da previdência complementar para a poupança de longo prazo no Brasil.
A rentabilidade das EFPC entre 2016 e março de 2025 foi de 163,3%, em contraste com os 118,8% do setor aberto. Essa disparidade pode ser atribuída a taxas de administração mais baixas e à natureza não lucrativa do segmento fechado, que possui uma carteira de investimentos diversificada e orientada para o longo prazo, favorecendo o pagamento de benefícios previdenciários.
Os dados são parte do Relatório Gerencial de Previdência Complementar (RGPC) do primeiro trimestre de 2025, divulgado pela Secretaria de Regime Próprio e Complementar. O relatório traz informações sobre as entidades de previdência, visando acompanhar a evolução dos seus planos de benefícios.
Nesta edição, o RGPC inclui um Suplemento Especial que analisa a “Participação Feminina na Previdência Complementar Fechada”. A pesquisa, realizada em parceria com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), oferece uma visão detalhada da representatividade feminina no setor, incluindo aspectos sobre planos de benefícios e políticas de gênero.
No que se refere ao pagamento de benefícios, a Previdência Complementar desembolsou aproximadamente R$ 102,4 bilhões nos últimos 12 meses, atingindo cerca de 957 mil aposentados. Deste total, R$ 97,3 bilhões (95%) foram direcionados a aposentados de EFPC, enquanto R$ 5,1 bilhões (5%) foram pagos por planos de seguradoras e entidades abertas.
O mercado de renda demonstrou o potencial previdenciário dos planos mantidos pelas EFPC, contribuindo para a proteção social e o padrão de vida dos participantes na aposentadoria ou recebendo pensão.
Após o primeiro trimestre de 2025, as EFPC reportaram um superávit acumulado de R$ 24,55 bilhões em 431 planos, enquanto o déficit acumulado foi de R$ 31,65 bilhões em cerca de 268 planos. A redução do resultado deficitário foi de R$ 2,78 bilhões entre dezembro de 2024 e março de 2025, impulsionada por um desempenho positivo da bolsa, com uma alta de 8,3% no período.
O aumento da taxa Selic para 14,5% em março impulsionou os investimentos de renda fixa do setor. A leve redução na curva de juros de longo prazo também beneficiou os títulos públicos. Notavelmente, 80% dos investimentos do segmento fechado estão atrelados a esses juros.
No segmento de servidores públicos, 27 entidades administram 49 planos, envolvendo 1.144 patrocinadores e cobrindo aproximadamente 256 mil servidores, com um patrimônio estimado em R$ 23 bilhões. Atualmente, 2.002 entes subnacionais (93% dos que têm Regime Próprio de Previdência Social) aprovaram a instituição do Regime de Previdência Complementar, dos quais 840 já têm convênios com a Previc.
Mais detalhes estão disponíveis na edição do Relatório Gerencial de Previdência Complementar do 1º trimestre de 2025.
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