O mês de setembro iniciou com uma diminuição nas taxas de juros dos empréstimos consignados do Crédito do Trabalhador, programa instaurado pelo governo em 21 de março. No dia 1º, a taxa média praticada pelas instituições financeiras era de 3,48%; no dia 2, caiu para 2,64%; em 3 de setembro, subiu para 2,85%; e em 4 de setembro, novamente caiu, atingindo 2,62%.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que “aos poucos, o programa vai se consolidando e os juros vão caindo, até porque não vamos tolerar taxas abusivas”. Ele explicou que a redução também é resultado da migração de contratos antigos de consignados para o Crédito do Trabalhador. Até o momento, mais de R$ 15 bilhões foram incorporados, elevando o total do programa para R$ 46,5 bilhões em empréstimos. Cerca de 5 milhões de trabalhadores já se beneficiaram, com 7,8 milhões de contratos ativos.
No dia 28 de agosto, o Crédito do Trabalhador registrava R$ 31,8 bilhões em operações. Em 4 de setembro, esse volume superou R$ 46,5 bilhões, um crescimento expressivo que decorre da migração de 4 milhões de contratos antigos para a nova plataforma. O Itaú é a instituição que lidera em valores migrados, com aproximadamente R$ 10 bilhões, seguido pelo Santander com R$ 9 bilhões e pelo Banco do Brasil com R$ 7,3 bilhões. A migração total deve ser concluída até outubro.
Ainda neste mês, conforme a Dataprev, a portabilidade e o refinanciamento dos contratos poderão ser realizados diretamente pela Carteira de Trabalho Digital. Assim, os 4 milhões de contratos já migrados poderão ser transferidos para outros bancos que oferecem condições de juros mais atrativas, o que pode impulsionar uma nova redução nas taxas.
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