Silvio Tendler, um dos mais renomados documentaristas do Brasil, faleceu na sexta-feira, 5 de setembro, deixando um legado imprescindível para a compreensão da história nacional. Através de seus filmes, Tendler abordou momentos cruciais da política brasileira, como as gestões de Juscelino Kubitschek e João Goulart, além da trajetória de Tancredo Neves na redemocratização.
O cineasta sempre destacou a importância da democracia e as ameaças autoritárias que continuamente surgem no país, mantendo um olhar crítico e um forte compromisso com o desenvolvimento pautado na justiça social. Em reconhecimento à sua relevância, foi condecorado com a Ordem de Rio Branco em 2006, e em 2025, recebeu a medalha de Mérito Cultural.
Em suas palavras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seus sentimentos e solidariedade aos familiares e amigos de Tendler.
A Fundação Nacional das Artes (Funarte) também se manifestou sobre a perda. Em nota, a instituição homenageou o cineasta, historiador e professor carioca, ressaltando sua notável contribuição ao documentário brasileiro ao longo de uma carreira de mais de 50 anos. Tendler, conhecido como o “cineasta dos sonhos interrompidos”, registrou as histórias de vidas prejudicadas pela repressão e pela morte precoce. Com um acervo que inclui mais de 70 filmes e mais de 10 séries de televisão, sua obra retratou figuras como João Goulart, Juscelino Kubitschek, Carlos Marighella e Glauber Rocha, perpetuando as memórias e lutas do Brasil.
Recentemente, em maio, Silvio Tendler foi agraciado com a medalha de Comendador da Ordem do Mérito Cultural, a mais alta honraria estatal concedida a artistas, entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Cultura, Margareth Menezes. A Funarte expressou sua solidariedade aos familiares, amigos e admiradores, aplaudindo a contribuição artística e política de Tendler para o Brasil.
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