A Força-Tarefa Previdenciária do Estado de São Paulo iniciou, na manhã desta terça-feira (19), a Operação Laboral, com o intuito de desmantelar um esquema fraudulento relacionado à concessão irregular de aposentadorias especiais. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Barueri e Alphaville, incluindo um escritório de intermediação de benefícios, além das residências de uma intermediária e um advogado suspeitos de envolvimento no esquema.
As investigações começaram após denúncias de um representante de empresa que negou a emissão de laudos trabalhistas supostamente utilizados em processos previdenciários na agência de Boituva. A análise da área de inteligência do Ministério da Previdência Social revelou diversos casos semelhantes, caracterizados pela apresentação de documentos adulterados em requerimentos administrativos, seguidos de desistências e renúncias, indicando uma tentativa de fraudar o sistema.
Os inquéritos também revelaram que um escritório de intermediação em Barueri atuava repetidamente, falsificando informações sobre exposição a agentes nocivos e períodos de insalubridade, além de forjar assinaturas de responsáveis técnicos em laudos. Ações judiciais com pedidos de antecipação de tutela foram identificadas, todas patrocinadas por um advogado vinculado ao escritório em investigação.
A Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP) estima que o prejuízo já acumulado ultrapasse R$ 510 mil em benefícios pagos, enquanto a economia projetada em pagamentos futuros é de R$ 4,9 milhões. A Polícia Federal continua as investigações para identificar a extensão do esquema e a participação de outros envolvidos.
Os investigados poderão ser acusados de estelionato majorado contra o INSS. Há 25 anos, a Força-Tarefa Previdenciária reúne o Ministério da Previdência Social e a Polícia Federal, que colaboram no combate a crimes estruturais contra o sistema previdenciário, com a Coordenação-Geral de Inteligência encarregada de detectar e analisar indícios de fraudes.
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