O Governo Federal e a Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio) lançaram, na quinta-feira (4/9), a segunda fase da consulta pública do Plano Nacional de Desenvolvimento da Bioeconomia (PNDBio). Este plano será essencial para o planejamento da bioeconomia no Brasil, estabelecendo diretrizes e ações para o período de 2025 a 2035.
A consulta estará aberta até 4 de outubro na plataforma Brasil Participativo, permitindo contribuições de diversos segmentos da sociedade, incluindo o setor produtivo, a academia, organizações civis, povos indígenas, comunidades tradicionais e cidadãos em geral.
As sugestões da sociedade serão fundamentais para aprimorar as diretrizes e ações do plano. Segundo Júlia Mascarello, coordenadora-geral de Estrutura Produtiva e Sustentabilidade do Ministério da Fazenda, “o PNDBio busca transformar a biodiversidade do país em um motor de desenvolvimento sustentável, articulando conservação ambiental, inovação científica e tecnológica, inclusão produtiva e valorização dos saberes tradicionais.”
A secretária nacional de Bioeconomia do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Carina Pimenta, destacou que a formulação do plano representa uma oportunidade histórica para o Brasil estabelecer prioridades para a próxima década. “É um plano de futuro que começa agora, criando novas possibilidades para setores com grande potencial de crescimento a partir do uso sustentável da natureza e da biodiversidade brasileira”, afirmou.
O Ministério da Fazenda, parte da presidência tripartite da CNBio, coordena a Câmara Técnica de Inovação Financeira e Investimentos em Bioeconomia, cuja função é desenvolver instrumentos de financiamento, minimizar riscos e atrair capital privado para as cadeias bioeconômicas.
O PNDBio faz parte do Novo Brasil ‒ Plano de Transformação Ecológica, liderado pelo Ministério da Fazenda, e posiciona a bioeconomia como um vetor estratégico para o crescimento sustentável, criação de empregos e inserção internacional do país. Júlia Mascarello acrescentou que o plano também está alinhado com outros marcos estruturantes, como o Plano Clima e a Nova Indústria Brasil, reforçando o compromisso nacional com o desenvolvimento sustentável e os acordos internacionais sobre clima e biodiversidade.
As contribuições recebidas até 4 de outubro serão avaliadas pela CNBio e incorporadas à versão final do PNDBio, que será lançada em 2025 e incluirá metas e indicadores para o período de 2025 a 2035.
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