Brasília, 09/09/2025 – A Operação Shamar, realizada entre 1º de agosto e 4 de setembro, alcançou 12.207 prisões e auxiliou 81.368 vítimas de violência doméstica e familiar em todo o Brasil. Durante o mesmo período, 53.188 medidas protetivas de urgência foram registradas, ampliando a rede de proteção para mulheres em situação de vulnerabilidade. O balanço foi elaborado e divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Com um investimento superior a R$ 2 milhões, a operação possibilitou o deslocamento de equipes para diversas regiões do país, incluindo áreas sem delegacias especializadas. Isso garantiu o cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão contra acusados de feminicídio e violência doméstica.
Além das ações repressivas, a Shamar também focou na prevenção e conscientização. Foram realizadas palestras, rodas de conversas e distribuição de materiais informativos em espaços públicos, escolas e comunidades, impactando diretamente 13,6 milhões de pessoas em todo o território nacional. O objetivo foi promover o diálogo sobre igualdade de gênero, fortalecer a rede de apoio e incentivar a denúncia de casos de violência. Ao todo, 65.628 agentes de segurança pública participaram da operação, totalizando 181.267 procedimentos operacionais.
A operação foi coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), com a adesão dos 26 estados e do Distrito Federal. As diligências ocorreram em diversos municípios, demonstrando a amplitude da iniciativa. Durante a operação, foram apreendidos 2,563 kg de drogas, 632 armas de fogo, 11.902 munições e 648 armas brancas, retirando do mercado ferramentas potencialmente usadas em atos de violência.
Rodney da Silva, diretor da Diopi, ressaltou a importância da colaboração: “A Operação Shamar representa a união do Brasil pela vida das mulheres. É um marco na integração entre diversas polícias e instituições, atuando em conjunto com o Poder Judiciário, o Ministério Público e a sociedade civil. A prevenção, repressão qualificada e o diálogo são essenciais para romper o ciclo de violência e proteger quem mais precisa.”
O nome Shamar, proveniente do hebraico, significa "cuidar, guardar, proteger, vigiar e zelar". A operação, coordenada pela Diopi, envolve uma vasta rede de instituições, incluindo a Senasp, a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
O trabalho contou com o apoio da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, do Ministério das Mulheres, assim como do Colégio de Coordenadores da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário e do Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar.
Nos estados, a operação foi liderada pelas Secretarias de Segurança Pública, com o suporte dos Centros Integrados de Comando e Controle, além das Polícias Civis, Militares, Técnico-Científicas, Penais, Corpos de Bombeiros e Guardas Municipais. Essa estrutura garante que as ações de prevenção e repressão alcancem todas as regiões.
O MJSP enfatiza a importância de denunciar casos de violência contra mulheres. Em situações de risco iminente, vítimas ou testemunhas devem contatar delegacias especializadas ou ligar para o 190. Outra opção é o Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher, coordenada pelo Ministério das Mulheres, que oferece escuta, orientação e acolhimento a vítimas de violência. O serviço está disponível 24 horas, incluindo fins de semana, e também pode ser acessado via WhatsApp pelo número (61) 9610-0180. As denúncias podem ser feitas por qualquer pessoa que conheça situações de violência, contribuindo para aumentar a proteção e a responsabilização dos agressores.
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