quarta-feira, setembro 10, 2025
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Fazenda publica Relatório de Crédito visando aumentar a transparência e consolidar informações do setor

A Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda divulgou na última segunda-feira (8/9) o Relatório de Crédito, um documento que compila informações sobre o mercado de crédito no Brasil. Esta primeira edição abrange dados até julho de 2025 e servirá como base para diagnósticos e formulação de políticas macroeconômicas e de regulação financeira.

De acordo com João Paulo Borges, coordenador-geral de Regulação do Sistema Financeiro da Fazenda, o relatório se utiliza de séries temporais já publicadas pelo Banco Central. “O diferencial do relatório é a condensação e o tratamento didático das informações existentes. Não criamos novos dados, mas um documento que oferece um panorama geral do mercado de crédito brasileiro no último semestre”, explicou.

O relatório é dividido em três principais atributos: pessoa física e jurídica, operações com e sem garantia, e recursos livres ou direcionados. Os dados indicam que os créditos de recurso livre apresentam maior volatilidade em comparação aos créditos direcionados. O mesmo se aplica para operações com e sem garantia.

Borges observou que quando o crédito está atrelado a uma garantia específica, a volatilidade e a taxa de juros tendem a ser menores. Em contraste, recursos sem garantia, geralmente relacionados ao crédito pessoal, apresentam maior volatilidade e taxas de juros mais elevadas.

O Relatório de Crédito foi criado usando o software estatístico R, que integra automaticamente diversas informações do Banco Central. Fabio Augusto Scalet Medina, técnico da Secretaria responsável pelo relatório, destacou que a compilação de dados sobre produtos de crédito é fundamental para a agenda de redução do spread bancário.

Medina afirmou que, por tratar-se da primeira edição, a SRE busca implementar melhorias para que o relatório se torne uma fonte de referência para o mercado de crédito brasileiro. Borges acrescentou que, embora o documento contenha dados consolidados, não foi possível realizar análises qualitativas aprofundadas nesta edição. “Não chegamos a fazer conclusões ou comparativos, mas essa é uma intenção futura”, disse.

Entre os próximos passos, a SRE irá estudar os efeitos de políticas já implementadas, como o novo consignado privado, e monitorar operações garantidas. “Estamos focados na melhoria das garantias e na interoperabilidade, com o objetivo de incentivar políticas que ampliem a concessão de crédito garantido e reduzam custos”, antecipou.

A Secretaria também colabora com o Conselhão no Grupo de Trabalho de Spread, que possui 40 recomendações para a redução do spread bancário. Borges observou que, conforme essas recomendações forem adotadas, será possível avaliar seus impactos e priorizar ações.

A publicação semestral permitirá o acompanhamento contínuo dos indicadores. “O essencial é oferecer transparência à sociedade sobre as avaliações da SRE, que servirão como base para reformas e para medir o impacto de iniciativas já implementadas”, destacou. Para finalizar, ele informou que, por se tratar da primeira edição, foram incluídos dados de julho, mas futuras publicações terão periodicidade semestral. A próxima edição do Relatório de Crédito está prevista para janeiro de 2026, com dados até dezembro deste ano.
Para mais notícias, acesse o Portal Defesa – Agência de Notícias.

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