A Apple irá fechar pela primeira vez uma de suas lojas no mercado chinês, o que representa uma significativa retirada em um país onde a fabricante do iPhone busca reviver suas vendas.
A empresa anunciou na segunda-feira que encerrará as atividades da loja localizada no Parkland Mall, no Distrito de Zhongshan, na cidade de Dalian, a partir de 9 de agosto, citando mudanças no ambiente do complexo comercial. Atualmente, a Apple possui cerca de 56 lojas na região da Grande China, o que representa mais de 10% de seu total de mais de 530 estabelecimentos globalmente.
“Estamos sempre focados em proporcionar uma experiência excepcional para todos os nossos clientes, tanto online quanto em mais de 50 lojas da Apple na Grande China”, afirmou a companhia de Cupertino, Califórnia, em comunicado. “Dada a saída de vários varejistas do Parkland Mall, tomamos a decisão de encerrar nossas operações lá.”
A China enfrenta pressões deflacionárias à medida que o consumo diminui e tarifas globais impactam as exportações, um importante motor da segunda maior economia do mundo. O crescimento nas vendas no varejo está aquém das previsões, e os preços dos imóveis caíram em um ritmo mais acelerado em junho.
A loja que será fechada é uma das duas localizações em Dalian. A outra, situada no complexo comercial Olympia 66, permanecerá em funcionamento. A Apple informou que os funcionários da loja que fechará terão oportunidades de trabalho em outros locais. As duas lojas estão a cerca de 10 minutos de distância uma da outra.
Mais amplamente, a Apple busca uma recuperação no mercado chinês, onde as vendas caíram 2,3%, totalizando US$ 16 bilhões (cerca de R$ 138,9 bilhões) no segundo trimestre, encerrado em 29 de março. Analistas haviam previsto vendas de aproximadamente US$ 16,8 bilhões (cerca de R$ 145,9 bilhões).
A empresa abrirá uma nova loja no Uniwalk Qianhai, em Shenzhen, no dia 16 de agosto, e planeja novas localizações em Pequim e Xangai no próximo ano, conforme relatado pela Bloomberg News. Em janeiro, foi inaugurada uma loja na província de Anhui.
A Apple também está expandindo com novas lojas em Detroit, nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita e na Índia. Uma localização em Osaka foi inaugurada em 26 de julho, e um novo ponto de venda principal foi aberto em Miami em janeiro. A Apple ainda estabeleceu sua primeira loja na Malásia no ano passado.
Embora continue a adicionar novas lojas, a expansão geral do varejo desacelerou desde a pandemia. A Apple tem se concentrado mais na abertura de sua loja de varejo online em novos mercados, como Índia e Arábia Saudita, além de atualizar ou realocar suas lojas físicas mais antigas.
A empresa também parece estar se tornando mais seletiva na renovação de seus contratos de locação, anunciando planos para fechar uma loja em Bristol, no Reino Unido, no mesmo dia em que ocorreu o encerramento na China. Outras lojas programadas para fechamento incluem a unidade Partridge Creek, em Michigan, e a localização Hornsby, próxima a Sydney.
A Apple não é a única marca de peso a se retirar do Parkland Mall na China. No início deste ano, o principal acionista do complexo assumiu o controle operacional total, e varejistas como Coach, Sandro e Hugo Boss não renovaram seus contratos nos últimos anos.
