As gigantes da tecnologia Apple e Samsung parecem estar apostando novamente em uma tendência que alguns acreditavam ter ficado para trás: a redução da espessura dos smartphones. Os próximos lançamentos das duas empresas, o iPhone 17 Slim e o Galaxy Z Fold 6 Ultra, estão gerando discussões sobre a evolução no design dos dispositivos móveis e quais seriam as possíveis consequências dessa obsessão pelo “fino”.
O iPhone 17 Slim é descrito como um modelo que sucederá o Plus, enquanto o Galaxy Z Fold 6 Ultra, também chamado Slim, deve ser lançado em breve, reaproximando o mercado de uma corrida iniciada em 2015, quando o foco na espessura mínima dominou o setor. Então, mitos foram criados sobre telefones com menos de 8 mm e até 7 mm de espessura, e agora a história parece se repetir.
A busca por essa estética, no entanto, envolve uma série de compromissos técnicos. Especialistas apontam que sacrifícios têm de ser feitos em relação ao hardware quando o espaço é limitado. Enquanto aparelhos mais esbeltos possuem seu apelo visual, eles também podem representar menor potência e especificações mais modestas, além de questionamentos sobre a durabilidade do produto e sua capacidade de resfriamento dos componentes.
O iPhone 17 Slim, por exemplo, poderá contar com um processador da linha não Pro da Apple, quantidade mínima de RAM requerida para executar atrações da marca e uma única câmera com abertura variável. A possibilidade de uma bateria menor também entra na discussão, já que a necessidade de se encaixar em um design mais fino pressiona todos os outros elementos.
Por outro lado, esses movimentos da Apple podem ser uma manobra estratégica, especialmente por oferecer um diferencial na linha Plus de iPhones, que até então não conseguiu capturar a atenção do público como desejado. Apesar dos temores, um design mais fino pode ser o destaque necessário para revigorar as vendas da linha.
Já no campo dos dobráveis, a expectativa se volta para o Galaxy Z Fold 6 Slim ou Ultra. Para atender às exigências de um mercado que valoriza tamanhos reduzidos, menor peso e custos acessíveis, a Samsung teria de rever suas estratégias. Indo de encontro à tendência de dobráveis chineses cada vez mais finos e leves, como o Honor Magic V3, a marca coreana parece estar inspirando-se em estrangeiros para redesenhar suas linhas.
Ainda assim, mesmo entre rumores de eliminar características como o suporte para a S Pen e o uso de processadores não tão poderosos para manter baixos os custos de produção, não está claro o posicionamento dessas escolhas perante o consumidor. O difícil balanço entre estética e performance constitui o cerne do debate.
No final das contas, o design é certamente um fator decisivo na escolha de um novo smartphone, mas resta saber se os usuários estão dispostos a abrir mão de funcionalidades em prol de um telefone mais fino. A era do afinamento nos coloca frente a uma encruzilhada tecnológica, onde beleza e poder parecem, mais do que nunca, caminhar em caminhos divergentes.
