terça-feira, julho 29, 2025
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A mudança do iPhone da Apple transforma a Índia no maior fabricante de smartphones dos EUA.

A Índia ultrapassou a China e se tornou a principal fonte de smartphones vendidos nos Estados Unidos, após a Apple aumentar a montagem de seus iPhones no país do sul da Ásia.

No trimestre encerrado em junho, a Índia se destacou como o maior fabricante de smartphones enviados para os EUA pela primeira vez, representando 44% do mercado, segundo dados da Canalys. O Vietnã, onde se concentra grande parte da produção da Samsung Electronics, ocupou a segunda posição. Já a China caiu de mais de 60% do total de envios estimados no ano passado para apenas 25%.

Essa mudança significativa ocorreu à medida que a Apple intensificou sua produção na Índia, e os fabricantes de smartphones “anteciparam os estoques de aparelhos em meio a preocupações com tarifas”, segundo pesquisadores da Canalys. O volume de dispositivos feitos na Índia mais que triplicou no último trimestre em comparação ao ano anterior. As remessas de iPhones da Apple para os EUA declinaram 11%, refletindo distorções em seu padrão habitual devido a remessas excepcionalmente altas para estocar unidades no início do ano.

“Apple rapidamente aumentou seus estoques no final do primeiro trimestre e buscou manter esse nível no segundo”, afirmou Runar Bjorhovde, analista sênior da Canalys. “No entanto, o mercado cresceu apenas 1% apesar de os fornecedores terem antecipado os estoques, indicando uma demanda morna em um ambiente econômico cada vez mais pressionado.”

A Apple e suas concorrentes têm transferido a produção da China para países como Índia e Vietnã, a fim de mitigar riscos relacionados a tarifas e tensões geopolíticas. Isso gerou descontentamento no presidente Donald Trump, que tem pressionado as empresas a aumentar a fabricação nos EUA. A Apple ainda produz a maioria de seus iPhones na China e não possui produção de smartphones nos EUA, embora tenha prometido contratar mais trabalhadores em casa e se comprometido a investir 500 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 43,42 trilhões) no mercado interno nos próximos quatro anos.

© 2025 Bloomberg LP

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