O Brasil registrou uma redução histórica no número de queimadas em agosto, com 18.451 focos de calor, a menor marca desde o início do monitoramento em 1998. O resultado representa uma diminuição de 61% em relação à média histórica de agosto, que é de 47.348 focos, e uma queda de 13,8% em comparação ao recorde anterior de 2013.
Em declaração à Voz do Brasil, o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial, André Lima, enfatizou que as queimadas diminuíram significativamente em todos os biomas, com exceção da Caatinga, onde foi registrado um pequeno aumento, mas dentro da normalidade.
Lima pontuou que a redução foi de quase 80% na Amazônia, 42,4% no Cerrado, 46% na Mata Atlântica e 98% no Pantanal, se considerados os dados entre janeiro e agosto dos últimos oito anos. Esse resultado é atribuído ao primeiro ano de implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo.
A diminuição das queimadas começou em 2023, mas em 2024, o número voltou a crescer, devido a incêndios intencionais. O secretário destacou que diversas ações já estavam sendo adotadas no ano anterior, com a edição de sete medidas provisórias pelo presidente Lula, que incluíram R$ 1,5 bilhão para combater incêncios e a seca, além de R$ 405 milhões do Fundo Amazônia destinados aos corpos de bombeiros nos estados amazônicos.
Sobre a contratação de brigadistas, Lima ressaltou a importância do primeiro ataque aos incêndios, destacando um aumento significativo no número de brigadas e brigadistas disponíveis. A modernização da frota de veículos e a inclusão de aeronaves no combate aos incêndios também foram mencionadas como parte de um conjunto de ações que envolvem articulação entre diferentes níveis de governo.
O secretário alertou que, embora haja uma redução no Cerrado, o ecossistema é naturalmente suscetível a incêndios durante a seca. Ele reafirmou que, apesar das mudanças climáticas que aumentam a intensidade das queimadas, houve uma queda de 42% em relação à média dos últimos oito anos.
Por fim, Lima destacou que o desmatamento na Amazônia tem caído significativamente, com uma redução de cerca de 50% em relação à média do governo anterior. A conscientização sobre o uso do fogo na agricultura e em atividades diárias é essencial, assim como campanhas educativas para incentivar práticas corretas e autorizadas na utilização do fogo.
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