sexta-feira, janeiro 24, 2025
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“Ainda Estou Aqui” no Oscar: Ministra destaca a importância da democracia no debate internacional

"Ainda Estou Aqui": Um Filme que Celebra a Democracia e Resgata a Memória Histórica do Brasil

Na última quinta-feira (23), o filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” foi indicado a três categorias no Oscar, trazendo à tona um importante debate sobre a defesa da democracia, o repúdio à ditadura e os direitos à memória das vítimas e seus familiares. A obra, que já conquistou o “Globo de Ouro” pelo talento de sua protagonista, Fernanda Torres, representa um marco na historiografia cinematográfica do Brasil, permitindo que o povo brasileiro e o mundo se reconectem com as feridas ainda abertas do período da ditadura militar.

O filme é baseado no livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva, que narra a história de sua mãe, Eunice Paiva, e a busca por justiça após o desaparecimento de seu pai, Rubens Paiva, um ex-deputado político. Para a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, esta produção traz uma nova perspectiva sobre as cicatrizes da ditadura, permitindo que famílias “reivindiquem o luto” e que se estabeleça um diálogo mais sincero sobre o passado.

“A gente precisa trazer à tona essas histórias e, agora, com as indicações ao Oscar, temos uma oportunidade de expandir esse debate para além das fronteiras do Brasil”, ressalta Evaristo. O papel da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), que foi retomada em 2024, é essencial nesse contexto, pois tem se dedicado não apenas a elucidar os casos de desaparecimento político, mas também a entregar certidões de óbito retificadas que reconheçam a verdade das histórias das vítimas.

Hamilton Pereira, ex-preso político e assessor especial no Ministério, acrescenta que o filme tipifica a “maturidade do cinema brasileiro” ao abordar uma narrativa histórica tão pertinente e alinhada às aspirações democráticas da sociedade. A Coordenadora-Geral de Políticas de Memória e Verdade da ADMV, Paula Franco, vê um vínculo forte entre a circulação do relatório da Comissão Nacional da Verdade e o filme, com ambos gerando um aumento no reconhecimento das histórias das vítimas.

O impacto do filme não se limita ao Brasil. Ele se insere em um contexto internacional de defesa dos direitos humanos, onde o Brasil deve reafirmar sua posição de destaque. Para Macaé, a arte é uma poderosa ferramenta que pode educar e trazer à luz os acertos e erros de uma nação, incentivando uma reflexão coletiva sobre o passado.

Essa nova fase de reconhecimento e busca por verdade, justiça e reparação está em sintonia com a criação do Prêmio Eunice Paiva, voltado para reconhecer aqueles que lutam pela democracia no Brasil. O filme “Ainda Estou Aqui” cumpre, portanto, um papel fundamental ao reviver a narrativa histórica que muitos desejam esquecer, mas que é essencial para que novas gerações compreendam os desafios e as conquistas na luta pela democracia.

Perguntas Frequentes

  1. Qual é o tema central do filme "Ainda Estou Aqui"?

    • O filme aborda a defesa da democracia, o repúdio à ditadura militar no Brasil e o direito à memória das vítimas e suas famílias.
  2. Por que o filme é importante no contexto atual do Brasil?

    • Ele traz à tona discussões necessárias sobre o passado do Brasil, permitindo que o país e o mundo reflitam sobre os erros históricos e a importância de uma democracia sólida.
  3. Quem é a protagonista do filme e qual é sua relevância?

    • A protagonista é Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres. Sua história pessoal está intimamente ligada ao desaparecimento de seu marido, o que exemplifica a luta de muitas famílias durante a ditadura.
  4. Como a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) está envolvida com o filme?

    • A CEMDP tem a responsabilidade de investigar casos de desaparecimento político e está focada em transmitir a verdade às famílias, ajudando a restaurar a memória das vítimas, o que é refletido nas narrativas abordadas no filme.
  5. Qual é o impacto internacional do filme "Ainda Estou Aqui"?
    • O filme contribui para a discussão global sobre os direitos humanos e a memória histórica, promovendo uma maior visibilidade das questões relacionadas à ditadura no Brasil no âmbito internacional.

Fonte
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