A Apple se prepara para os impactos de novas tarifas anunciadas nos Estados Unidos, que podem complicar significativamente seus negócios, dado que a empresa depende da produção em outros países.
Análise das Novas Tarifas
Após o anúncio das tarifas, as ações da Apple caíram quase 10%. De acordo com o especialista da Bloomberg, Mark Gurman, a empresa poderá adotar várias estratégias para mitigar esse impacto. Uma delas é negociar com fabricantes de componentes para conseguir melhores preços e, assim, reduzir os custos de produção.
Outra possibilidade é que a Apple decida absorver parte dos custos, considerando sua margem de lucro média de 45%. A empresa deve realizar ajustes temporários nos preços enquanto se encontra em um período de avaliação das novas condições do mercado.
A Apple há muito tempo mantém preços estáveis para seus produtos premium, como o iPhone, que se mantém na faixa de US$ 999 desde o lançamento do iPhone X em 2017. Porém, as novas tarifas podem alterar essa estrutura de preços, pois as tarifas aplicadas são altas: 54% na China, 26% na Índia e 46% no Vietnam. Embora alguns países como Índia e Vietnam estejam buscando acordos comerciais, a Apple ainda pode enfrentar custos de produção mais altos.
Para minimizar os efeitos das tarifas, a Apple começou a estocar produtos nos Estados Unidos nos últimos meses. Ao importar produtos antes da implementação das tarifas, a empresa conseguirá vender seus produtos pelos preços atuais durante algum tempo. No entanto, essa estratégia é apenas uma medida temporária, uma vez que é esperado que novos aumentos de preços sejam comentados em setembro, coincidentemente com o lançamento de novos modelos de iPhones.
A Apple está disposta a aumentar os preços, se necessário, embora busque minimizar o impacto das tarifas sobre os consumidores. O CEO Tim Cook pode tentar buscar isenções das tarifas, como fez anteriormente. A capacidade da Apple de se adaptar a essas mudanças será crucial para sua competitividade no mercado global.
Fonte: Bloomberg