Apple despediu aproximadamente 100 funcionários de sua divisão de serviços mesmo com estimativas de que essa área gere US$ 100 bilhões em receitas até 2025. A empresa registrou uma receita de US$ 90,75 bilhões e um lucro de US$ 23,6 bilhões para o segundo trimestre fiscal de 2024, mas isso não impediu essa série de cortes, a quarta dessa natureza. Surpreendentemente, as demissões aconteceram em um setor que tem apresentado um crescimento significativo.
A estratégia da Apple agora coloca menos ênfase em serviços como o Apple Books, priorizando outras áreas como o Apple News para a geração de receita. As demissões na divisão de serviços, conforme reportado pelo Mark Gurman da Bloomberg, foram primariamente de posições de engenharia relacionadas a esses serviços, principalmente o Apple Books, que a empresa não considera um motor de receita significativo. Não há planos atuais para adicionar um modelo de assinatura para a Apple Bookstore, e parece que a Apple não vê o mercado de e-books suficientemente grande para investir seriamente nele.
Apesar da dominância da Amazon com o Audible e o menor interesse no mercado de e-books, as demissões na Apple são relativamente pequenas comparadas a outras empresas de tecnologia. Isso segue as declarações do CEO da Apple, Tim Cook, durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre de 2023, dizendo que reduzir a força de trabalho seria uma medida de último recurso. Embora Cook tenha diminuído sua remuneração anual em 40%, para US$ 40 milhões, e a Apple tenha enfrentado desafios com o cancelamento do Projeto Titan para carros autônomos, entre outros projetos, as demissões parecem inevitáveis. Reduzir despesas na divisão de serviços é uma decisão dura, especialmente considerando seu potencial de crescimento proeminente.
Fonte: Bloomberg. Fique atualizado sobre tecnologia e games com o TecMania.
