Desde o seu lançamento, a Apple TV+ tem sido conhecida pelo seu baixo custo de assinatura e pela oferta de períodos gratuitos na compra de dispositivos Apple. No entanto, para atrair o público e competir com gigantes do streaming como Netflix e HBO, a Apple não hesitou em abrir os cordões da bolsa, investindo pesado em conteúdo de qualidade e original para o seu serviço de streaming.
A estratégia de diferenciar-se pela qualidade em vez da quantidade, semelhante à adotada por outras plataformas de grande sucesso, levou a Apple TV+ a acumular conteúdo premiado, incluindo indicações recorde ao Oscar. Contudo, isso acarretou também em gastos desproporcionais, levando a plataforma a funcionar com prejuízo durante anos.
Atualmente, a Apple está revendo sua estratégia financeira relacionada ao Apple TV+, com reportagens indicando que a empresa estará mais atenta e cuidadosa no que diz respeito às propostas e orçamentos dos produtores parceiros. Exemplos dos custos elevados envolveram a produção de séries de alto perfil como “The Morning Show”, que exigiu uma soma considerável apenas para o cachê dos atores, e “Masters of the Air”, uma série com alta aclamação crítica, mas que não atingiu um público amplo.
Com esse novo foco em eficiência de custos, espera-se que o chefe de entretenimento da Apple, Eddy Cue, dedique mais atenção e possivelmente faça cortes em certas áreas do portfólio de conteúdo original, visando trazer a TV+ para um patamar financeiramente sustentável.
A Apple TV+ não é a única a enfrentar desafios similares. A própria Netflix, líder do mercado de streaming, também anunciou cortes em seus orçamentos de programação. Este movimento pode ser um sinal de mudança no ambiente de streaming, marcando o fim da chamada “Era de Ouro”, onde os investimentos em conteúdo eram feitos sem grandes preocupações com retorno imediato.
É evidente que o segmento de streaming está passando por um período de reajustes significativos. Produtoras e serviços de streaming estão buscando equilibrar investimentos em conteúdo com a necessidade de manter as operações lucrativas, algo essencial para a saúde financeira das empresas a longo prazo.
