Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos rejeitou na quarta-feira as alegações de clientes da Apple, que afirmavam que a fabricante do iPhone ofereceu menos armazenamento no iCloud do que o pago ao fazer um upgrade.
Em uma decisão unânime de 3 a 0, o 9º Circuito de Apelações dos EUA, com sede em San Francisco, afirmou que consumidores razoáveis, no contexto da ação coletiva proposta, não foram enganados pelas promessas da Apple sobre a capacidade de armazenamento em seus planos iCloud+.
A reclamante Lisa Bodenburg afirmou ter pago US$ 2,99 por mês por 200 GB de armazenamento, acreditando que a Apple adicionaria esse valor aos 5 GB que todos os clientes do iCloud recebem. Entretanto, ela se sentiu prejudicada, pois a empresa ofereceu apenas 200 GB de armazenamento total, e não 205 GB.
O juiz de circuito Milan Smith argumentou que Bodenburg “recebeu exatamente o que a Apple prometeu” ao oferecer armazenamento “incremental” ou “suplementar” sobre os 5 GB que ela já possuía gratuitamente.
Ele citou a rejeição de outros casos baseados em “suposições irracionais”, como a ideia de que o Diet Dr. Pepper ajudaria na perda de peso, e que a informação no rótulo de um bálsamo labial não revelava que o design do dispenser deixava parte do produto inacessível.
“Afirmações da Apple não são falsas ou enganosas apenas porque [podem ser] irrealisticamente mal interpretadas por um segmento insignificante e não representativo de consumidores,” escreveu Smith.
Os advogados de Bodenburg não responderam imediatamente a pedidos de comentários. A decisão reafirmou um despacho de maio de 2024 do juiz de primeira instância Trina Thompson, em San Francisco.