quarta-feira, outubro 16, 2024
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Autoridade chinesa classifica chips da Intel como “perigo à segurança nacional”

A Associação de Cibersegurança da China (CSAC) levantou preocupações significativas em relação à Intel, acusando a empresa de ameaçar a segurança nacional do país. De acordo com a associação, diversas falhas de segurança e vulnerabilidades em seus chips, incluindo a possibilidade de backdoors, justificam um pedido de investigação detalhada dos produtos Intel comercializados na China.

Em sua declaração, a CSAC recomendou uma revisão abrangente de segurança para os produtos Intel, visando proteger os direitos dos consumidores chineses e garantir a integridade da segurança nacional do país. Entre as falhas mencionadas, destacam-se nomes como GhostRace, NativeBHI e Indirector, que indicam problemas de qualidade nos produtos da fabricante.

O ponto mais alarmante das acusações é a alegação de que a Intel pode estar facilitando a espionagem através da instalação de recursos para acesso remoto em seus dispositivos, sugerindo que a empresa estaria comprometendo a segurança de seus clientes na China.

Esse cenário levanta um paralelo inquietante com as acusações que os Estados Unidos têm feito em relação à China, embora a CSAC não tenha feito menção explícita a esse ponto. A associação concluiu que, apesar dos lucros substanciais da Intel no território chinês, a empresa continua a implementar práticas que podem prejudicar os interesses nacionais da China.

A CSAC, que não é um órgão do governo chinês, está exercendo pressão para que autoridades considerem restrições de produtos, especialmente em um contexto marcado já por sanções dos EUA que afetam o avanço tecnológico da China, especialmente no campo da inteligência artificial. A redução da utilização de chips como os Xeon da Intel poderia, portanto, agravar a situação.

Em um reflexo negativo imediato das tensões, as ações da Intel caíram 3% após a divulgação das acusações, com a China representando a principal fonte de receita da empresa em 2023, superando até os Estados Unidos com um faturamento de US$ 14,85 bilhões, mais de um quarto dos ganhos globais da companhia. Essa pressão contínua pode levar a consequências severas para a Intel no mercado chinês.

Recentemente, a CSAC também chamou a atenção para o fato de que as empresas locais estão fazendo progressos significativos em memórias e semicondutores, tornando a competição ainda mais acirrada. A Intel enfrenta um cenário desafiador e potencialmente desastroso, caso as restrições se concretizem.

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