terça-feira, julho 29, 2025
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Avanço em semicondutores pode tornar os smartphones mais rápidos e muito mais eficientes.

Cientistas da UCLA podem ter descoberto a chave para um grande avanço na tecnologia de smartphones. Em uma descoberta que pode revolucionar a fabricação de chips, os pesquisadores desenvolveram uma maneira de construir semicondutores que utilizam o spin dos elétrons — e não apenas a carga — para funcionar de forma mais rápida e eficiente. O resultado? Futuros celulares e laptops podem ser mais finos, operar em temperaturas menores e ter maior duração com uma única carga.

Essa inovação concentra-se na “spintrônica”, uma abordagem de próxima geração para eletrônicos que explora as propriedades magnéticas naturais dos elétrons. Chips tradicionais dependem da corrente elétrica, o que gera calor e desperdício de energia. Em contraste, a spintrônica utiliza a direção do spin dos elétrons para processar informações com muito menos perda de energia.

Até agora, um dos maiores desafios era desenvolver semicondutores suficientemente magnéticos para serem úteis. A equipe de pesquisa da UCLA resolveu esse problema empilhando camadas de semicondutores finas com átomos magnéticos, aumentando a concentração magnética para impressionantes 50% — dez vezes mais do que era possível anteriormente. Segundo a universidade, esse método já resultou em mais de 20 novos materiais e está atualmente em processo de patente.

Além de potencializar a eficiência dos eletrônicos de consumo, essa descoberta pode ajudar a reduzir o imenso consumo de energia e água dos centros de dados de inteligência artificial, cada vez mais criticados por seu impacto ambiental.

Com semicondutores magnéticos mais eficazes, os computadores quânticos podem não precisar mais de temperaturas extremas para funcionar, aproximando-os de sua aplicação prática. E como os próprios chips poderão ser fabricados em tamanhos menores, laptops e dispositivos podem encolher enquanto ganham ainda mais potência.

Apesar de levar alguns anos até que essa tecnologia chegue aos gadgets de consumo, a promessa é clara: dispositivos menores, mais ecológicos e muito mais capazes — tudo graças a uma inteligência inovadora sobre o comportamento dos elétrons.

Para saber mais sobre a pesquisa, acesse o UCLA Newsroom.

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