Inovações tecnológicas e novo protocolo de tratamento reforçam o combate ao câncer
O Sistema Único de Saúde (SUS) está em constante evolução no enfrentamento do câncer, uma das doenças que mais afetam a população brasileira. Entre 2023 e 2024, o SUS incorporou 67 novas tecnologias, das quais 16 são especificamente voltadas para o tratamento oncológico. Essa estratégia visa diversificar e ampliar o acesso aos tratamentos, além de oferecer diagnósticos mais precisos e menos invasivos.
Em um importante passo para modernizar o atendimento, o SUS lançou o primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) exclusivo para o câncer de mama. Esse avanço é essencial, visto que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil, com mais de 73 mil novos casos por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O PCDT foi elaborado com a colaboração de especialistas e espera padronizar e facilitar o acesso a tratamentos de qualidade em todo o país.
Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do SUS, destacou que a incorporação das novas tecnologias se baseou em robustas evidências científicas e diretrizes rigorosas. Ele afirmou que “a ciência é a base para garantir o direito à saúde”, o que reflete um compromisso com tratamentos eficazes e equitativos.
Outras inovações não se limitam ao câncer de mama. O SUS também trouxe novas terapias para diversas doenças oncológicas. Por exemplo:
- Mieloma múltiplo: O medicamento carfilzomibe é uma opção para pacientes que falharam em tratamentos anteriores.
- Leucemia linfocítica crônica: A combinação de quimioterapia com o fármaco rituximabe melhora a resposta imunológica dos pacientes.
- Câncer de pele: A terapia fotodinâmica, desenvolvida no Brasil, surge como uma nova alternativa de tratamento.
- Câncer de pulmão: A utilização de tecnologias como tomografia por emissão de pósitrons (PET) e o RT-PCR ajudam no diagnóstico e acompanhamento do tratamento.
Além disso, o Protocolo de Acesso às Ofertas de Cuidado Integrado (OCI) assegura que o diagnóstico e início do tratamento ocorra em até 30 dias, reforçando a importância do diagnóstico precoce e da agilidade no atendimento.
Essas medidas não apenas aprimoram a qualidade do tratamento oncológico no país, mas também oferecem nova esperança para milhares de pacientes, promovendo uma maior sobrevida e qualidade de vida.
Perguntas Frequentes
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Quais são as novas tecnologias incorporadas pelo SUS para o tratamento do câncer?
O SUS incorporou 67 novas tecnologias, sendo 16 específicas para o combate ao câncer, abrangendo novos medicamentos e técnicas de diagnóstico. -
O que é o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o câncer de mama?
É um documento que padroniza o atendimento ao câncer de mama em todo o país, garantindo que todas as pacientes tenham acesso às melhores práticas de diagnóstico e tratamento. -
Qual o impacto do novo protocolo na vida das pacientes?
O PCDT busca melhorar a uniformidade e a qualidade do tratamento, oferecendo diagnóstico e tratamento mais rápidos, e assegurando que não haja desigualdade no acesso aos cuidados. -
Como o SUS garante a eficácia das novas tecnologias?
Todas as incorporações de tecnologia no SUS são fundamentadas em evidências robustas e seguem diretrizes rigorosas, avaliadas por especialistas na área. - Quais são alguns dos novos medicamentos introduzidos no tratamento oncológico?
Entre os novos medicamentos estão carfilzomibe para mieloma múltiplo, rituximabe para leucemia linfocítica crônica, e olaparibe para câncer de ovário e colo do útero, proporcionando novas opções de tratamento.