O Brasil, por intermédio do Ministério de Minas e Energia (MME), apresentou nesta segunda-feira (25/08) no Chile suas políticas direcionadas à ampliação da produção e transformação de minerais críticos e estratégicos, fundamentais para um futuro energético sustentável. As declarações aconteceram durante a XV Conferência dos Ministérios de Mineração das Américas (CAMMA), que reúne países do continente para discutir os desafios e oportunidades na área de mineração e na transição energética. O evento segue até esta terça-feira (26/08).
Entre as principais iniciativas divulgadas estão a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos para a Transição Energética e Segurança Alimentar, prevista para ser lançada ainda este ano; o Fundo de Minerais Críticos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e o Guia para o Investidor Estrangeiro em Minerais Críticos para a Transição Energética no Brasil.
Representando o MME, Gustavo Masili, coordenador-geral de Minerais Estratégicos e Transição Energética no Setor Mineral, ressaltou as iniciativas brasileiras que buscam fortalecer o conhecimento geológico e incentivar investimentos na transformação mineral.
“O país está comprometido em atender à demanda global por minerais estratégicos, mas nosso objetivo vai além. Queremos transformar esse potencial em valor agregado, desenvolvendo tecnologia, inovação e sustentabilidade para impulsionar a transição energética justa e inclusiva no Brasil e no mundo”, destacou.
Masili também lembrou que o Brasil conta com uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta e vastas reservas de minerais como terras raras, lítio, níquel, grafite e nióbio, essenciais para tecnologia como veículos elétricos, baterias e energias renováveis. “Ao compartilhar essas iniciativas, o país reforça seu papel como um ator estratégico no fornecimento global, não apenas como exportador de matérias-primas, mas também como protagonista na agregação de valor e no desenvolvimento de cadeias produtivas completas”, completou.
Em relação às terras raras, o Brasil possui a segunda maior reserva do mundo, com 23% do total global, equivalente a 21 milhões de toneladas. Durante a conferência, esse potencial foi destacado, junto a iniciativas em andamento, como o projeto MagBRAS, que está sendo desenvolvido como o primeiro laboratório de pesquisa do Hemisfério Sul voltado para a produção de ímãs permanentes — insumo crucial para setores estratégicos como mobilidade elétrica, energia renovável e indústria de defesa.
Com essa agenda, o Brasil reafirma sua vocação para liderar de forma sustentável a oferta de minerais estratégicos, consolidando sua posição como parceiro confiável e inovador na construção de um futuro energético mais limpo e inclusivo.
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