Os dados do Novo Caged referentes a julho, divulgados nesta quarta-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, indicam que o Brasil registrou um saldo positivo de 129.775 postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado de janeiro a julho, foram criados 1.347.807 novos vínculos formais, representando um crescimento de 2,86%. Nos últimos 12 meses, de junho de 2024 a julho de 2025, o saldo totalizou 1.523.904 empregos.
O ministro informou que a redução da atividade das empresas devido à alta taxa de juros tem impactado a geração de vagas formais no país. Ele destacou a urgência de uma redução nas taxas de juros para sustentar a atividade econômica e enfatizou que, embora a questão tarifária esteja sendo enfrentada, o problema dos juros também é crucial.
Em julho, todos os cinco principais setores da economia apresentaram resultados positivos. O setor de serviços liderou a geração de empregos, com 50.159 vagas (+0,21%), seguido pelo comércio com 27.325 (+0,26%), indústria com 24.426 (+0,27%), construção com 19.066 (+0,63%) e agropecuária com 8.795 (+0,46%).
Os saldos também foram positivos em 25 estados, destacando-se São Paulo (+42.798), Mato Grosso (+9.540) e Bahia (+9.436). Os estados com as maiores variações foram Mato Grosso (+0,97%), Piauí (+0,80%) e Amapá (+0,79%).
Em julho, houve 2.251.440 admissões e 2.121.665 desligamentos, sendo que 92,7% dos postos criados foram considerados típicos, e 7,43% não típicos, com destaque para aprendizes (+6.099) e trabalhadores com jornada de até 30 horas semanais (+6.016).
No acumulado do ano, o Brasil gerou 1.347.807 novos empregos formais, um aumento de 2,86%, com saldo positivo em todas as grandes categorias de atividades econômicas, elevando o total de vínculos ativos para 48.544.646.
O setor de serviços foi o maior gerador, responsável por 688.511 novas vagas (+2,99%), com ênfase nas áreas de informação, comunicação, finanças, imobiliárias e serviços profissionais (+265.093), além de administração pública, defesa e saúde (+240.070).
A indústria ficou em segundo lugar com 253.422 novas vagas (+2,84%), seguida pela construção com 177.341 (+6,21%), comércio com 119.291 (+1,13%) e agropecuária com 109.237 (+6,08%). Entre os estados, 26 apresentaram saldo positivo, com Alagoas sendo a única exceção (-1,22%). São Paulo registrou o maior saldo absoluto, com 390.619 (+2,73%), seguido por Minas Gerais (+3,1%) e Paraná (+3,18%).
Em termos de grupos populacionais, em julho, o saldo de empregos foi mais favorável para os homens (+72.974) em comparação às mulheres (+56.801). Entretanto, as mulheres tiveram maior participação nas contratações nos setores de serviços (+28.160 mulheres contra +21.999 homens) e comércio (+15.365 mulheres contra +11.960 homens).
A geração de vagas também se destacou entre os jovens, com trabalhadores de 18 a 24 anos respondendo por 94.965 novos vínculos, enquanto adolescentes de até 17 anos registraram saldo de 26.374. Os setores que mais absorveram estes grupos foram comércio (+32.059) e a indústria de transformação (+24.242).
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