Avanços e Estratégias de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Pesca e Aquicultura Brasileiras na COP 29
Entre os dias 11 e 22 de novembro, o Azerbaijão foi palco da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), um evento que reuniu líderes mundiais, representantes de governos, organizações e ativistas. A conferência teve como foco a discussão de políticas e ações efetivas para combater as mudanças climáticas, promovendo planos nacionais e fomentando o financiamento para a redução das emissões de gases poluentes.
O Brasil, com sua vasta costa de aproximadamente 8,5 mil quilômetros e uma rica diversidade de ecossistemas aquáticos, se destacou na COP 29. Com a presença do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o país apresentou suas iniciativas voltadas para a pesca e a aquicultura, setores que enfrentam sérios desafios devido às mudanças climáticas. O secretário-executivo adjunto do MPA, Lázaro Medeiros, enfatizou a importância do intercâmbio de experiências e decisões entre os países, referindo-se a essa oportunidade como essencial para fortalecer a participação nos diálogos futuros, especialmente com a realização da COP 30 em solo brasileiro.
Durante o evento, o coordenador de Temas Técnicos e Comerciais do MPA, Diógenes Lemainski, abordou os desafios climáticos que o Brasil enfrenta, como o aumento das temperaturas nas águas e a redução da biodiversidade. Ele destacou as medidas de adaptação e mitigação sendo gradualmente implementadas, incluindo gestão de recursos hídricos e tecnologias sustentáveis. Essas ações são vitais para garantir a sustentabilidade do setor pesqueiro e aquícola brasileiro.
A participação popular na formulação de políticas climáticas também foi um tema central no evento. O governo brasileiro estabeleceu uma Comissão Interministerial sobre Mudanças Climáticas, que culminará em um Plano Climático delineado em colaboração com a sociedade civil. Adriana Toledo, do MPA, apresentou esses esforços, ressaltando a importância da democracia e da inclusão nas decisões sobre o futuro ambiental do Brasil.
Além disso, o turismo sustentável, especialmente a pesca amadora e esportiva, foi promovido como uma atividade benéfica que integra comunidades locais e preserva a biodiversidade. A apresentação do Plano Nacional para o Desenvolvimento Sustentável da Pesca Amadora e Esportiva foi um exemplo claro de como essas atividades podem gerar impacto socioeconômico e promover a conservação do meio ambiente.
A COP 29 mostrou-se como uma plataforma crucial para o Brasil reafirmar seu compromisso com a luta contra as mudanças climáticas e destacar suas estratégias inovadoras nas áreas de pesca e aquicultura. O futuro sustentável desses setores depende da capacidade do país de se adaptar e mitigar os impactos das mudanças climáticas, sempre com a colaboração da sociedade civil e dos setores envolvidos.
Perguntas Frequentes:
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Qual o impacto das mudanças climáticas na pesca e aquicultura brasileiras?
- As mudanças climáticas afetam a temperatura da água, impactam a biodiversidade e alteram a distribuição de recursos pesqueiros, resultando em desafios para o abastecimento e a gestão dos ecossistemas aquáticos.
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Como o Ministério da Pesca e Aquicultura está se preparando para as mudanças climáticas?
- O MPA está implementando práticas resilientes, como o uso de tecnologias sustentáveis e a modernização da frota pesqueira, além de participar ativamente em discussões e comitês focados nas mudanças climáticas.
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O que é a Comissão Interministerial sobre Mudanças Climáticas?
- Trata-se de uma iniciativa do governo brasileiro que busca desenvolver um plano climático, integrando ações setoriais e contando com a participação da sociedade civil para fortalecer as políticas climáticas no país.
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Quais são exemplos de práticas sustentáveis na pesca e aquicultura?
- Exemplos incluem aquaponia, sistemas multitróficos, bioflocos e o uso de energia solar. Essas práticas têm como objetivo garantir a sustentabilidade e a redução de impactos ambientais.
- Como a sociedade civil pode participar das políticas climáticas no Brasil?
- Através da Plataforma Brasil Participativo, onde cidadãos podem contribuir para o desenvolvimento de estratégias de combate às mudanças climáticas, promovendo maior transparência e inclusão nas decisões políticas.