Brasil e Uruguai Fortalecem Cooperacao em Tecnologia Assistiva para Inclusão de Pessoas com Deficiência
Nos dias 15 e 16 de dezembro, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) do Brasil e o governo de Montevidéu, no Uruguai, reforçaram sua cooperação em tecnologia assistiva, visando ampliar a inclusão de pessoas com deficiência. Durante o encontro bilateral, representantes da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) debateram estratégias e projetos que visam garantir os direitos dessa população.
Dentre as iniciativas discutidas, destacam-se os projetos SUMA e FABTA. O primeiro, desenvolvido pela Secretaria de Deficiência de Montevidéu em parceria com a Universidade da República, busca projetar e fabricar dispositivos tecnológicos que permitam a adaptação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Já o projeto FABTA, apresentado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foca no desenvolvimento de tecnologias para auxiliar esses indivíduos em suas atividades diárias.
A representante do MDHC, Carolina Alonso, enfatizou a necessidade de que os produtos e serviços de tecnologia assistiva sejam criados com a realidade e as demandas das pessoas com deficiência em mente, afirmando que a abordagem deve sempre priorizar as pessoas. "Para o próximo ano, nossa expectativa é avançar ainda mais nessa cooperação, promovendo o acesso e discussões em ambos os países para que as populações que mais necessitam sejam beneficiadas", disse.
Durante a visita técnica, o MDHC também compartilhou estratégias inclusivas, considerando a cooperação internacional essencial para a promoção da inclusão social e dos direitos humanos em ambas as nações. Alex Sandro Lins, tradutor oficial da pasta, declarou que o intercâmbio técnico visa capacitar profissionais e implementar políticas que garantam a inclusão plena das pessoas com deficiência.
Martín Nieves, titular da Secretaria da Pessoa com Deficiência de Montevidéu, ressaltou que o intercâmbio de conhecimento sobre políticas públicas fortalece a defesa dos direitos humanos e promove o diálogo entre instituições uruguaias em temas como cultura e trabalho.
Em um cenário mais amplo, a Tecnologia Assistiva é um componente vital no Brasil, conforme a Lei Brasileira de Inclusão (LBI). Essa lei define a tecnologia assistiva como produtos e serviços que promovem a funcionalidade e a participação social de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O Brazil também avançou com o programa Novo Viver sem Limite, que tem como um de seus eixos principais a acessibilidade e tecnologias assistivas.
O fortalecimento das estratégias de cuidado e a Política Nacional de Cuidados, atualmente em discussão no Brasil, foram outros temas destacados nas reuniões, evidenciando a intenção de ambos os países em manter um compromisso firme com a inclusão e a defesa dos direitos das pessoas com deficiência.
Perguntas e Respostas:
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O que é tecnologia assistiva?
- Tecnologia Assistiva refere-se a produtos, equipamentos e serviços que ajudam pessoas com deficiência a realizar atividades do dia a dia e promover sua participação social.
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Quais são os principais projetos discutidos entre o Brasil e o Uruguai?
- Os projetos SUMA, que visa adaptar pessoas ao mercado de trabalho, e FABTA, que ajuda nas atividades diárias, foram os principais focos da discussão.
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Qual é o papel do Ministério dos Direitos Humanos no Brasil em relação à inclusão de pessoas com deficiência?
- O MDHC coordena iniciativas para garantir os direitos das pessoas com deficiência, como parte do programa Novo Viver sem Limite, com foco em acessibilidade e tecnologia assistiva.
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Como a cooperação entre Brasil e Uruguai pode beneficiar as políticas de inclusão?
- A troca de experiências e conhecimentos entre os dois países pode inspirar práticas efetivas e inovações em políticas públicas voltadas para a inclusão de pessoas com deficiência.
- Quais são os objetivos para o próximo ano em relação à tecnologia assistiva?
- O foco será expandir a cooperação, aumentar o alcance dos dispositivos de tecnologia assistiva e fomentar discussões para garantir que as necessidades da população com deficiência sejam atendidas.