O Combate à Misoginia Online: Brasil Leva Discussões Cruciais à ONU
Na última terça-feira, 18 de março, o combate ao compartilhamento não consensual de imagens íntimas, à pornografia, ao uso de deepfakes, ao assédio online e ao cyberstalking foi tema central de um debate promovido pela 69ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher (CSW), realizada na sede da ONU, em Nova Iorque. Com a presença da secretária-executiva do Ministério das Mulheres, Maria Helena Guarezi, e da senadora Soraya Thronicke, além de representantes de organizações do terceiro setor e movimentos sociais, o evento buscou destacar os impactos devastadores da misoginia na internet, especialmente sobre meninas e mulheres.
Maria Helena Guarezi, que comanda a delegação brasileira, trouxe à tona as complexas dinâmicas dessas práticas ilegais e os desafios enfrentados pelo governo ao tratá-las. Segundo a secretária-executiva, “a rápida proliferação da tecnologia, incluindo a inteligência artificial, criou novas vias para a violência baseada em gênero, exacerbando desigualdades já existentes e exigindo ação urgente”. Ela enfatizou que essas agressões digitais são precursoras de abusos ainda mais graves, resultando em um ciclo contínuo de violência com consequências psicológicas, emocionais e sociais devastadoras.
Um estudo recente intitulado “Aprenda a evitar ‘este tipo’ de mulher”, produzido pela parceria do Ministério das Mulheres com o NetLab da Universidade Federal do Rio de Janeiro, denunciou uma alarmante proliferação de conteúdos misóginos no YouTube. Segundo o relatório, 137 canais dedicados à misoginia acumulam cerca de 3,9 bilhões de visualizações, refletindo uma cultura de ódio e aversão que atinge fortemente a sociedade.
O evento foi dividido em duas partes: a primeira abordou a experiência brasileira em várias esferas de governo, enquanto a segunda se concentrou em iniciativas eficazes para prevenir, sancionar e erradicar violências contra as mulheres, discutindo legislações como a Lei Modelo Interamericana e a Lei Olímpia, ambas voltadas para a proteção das mulheres e promoção de suas garantias.
A secretária-executiva também compartilhou informações sobre as políticas públicas brasileiras, como o programa "Mulher Viver Sem Violência", que visa promover um ambiente mais seguro e acolhedor para as mulheres que padecem em situações de violência. Isso inclui, entre outras ações, o fortalecimento de Casas da Mulher Brasileira, locais que oferecem suporte integral às vítimas.
Maria Helena concluiu ressaltando que as iniciativas em curso visam envolver toda a sociedade, especialmente o setor empresarial, em um esforço conjunto para combater a misoginia e garantir uma vida livre de violência para todas as mulheres.
Perguntas e Respostas sobre o Combate à Misoginia Online:
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O que é misoginia online?
- Misoginia online refere-se a qualquer tipo de discurso de ódio, assédio ou violência direcionado a mulheres na internet, incluindo o compartilhamento não consensual de imagens íntimas, deepfakes e cyberstalking.
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Quais são os principais impactos da misoginia online?
- Os impactos incluem consequências psicológicas, emocionais e sociais devastadoras, que podem levar a problemas como depressão, ansiedade e até mesmo consequências físicas, além de perpetuar ciclos de violência.
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Quais iniciativas são tomadas para combater a misoginia nas redes sociais?
- Iniciativas incluem legislações como a Lei Olímpia, iniciativas de monitoramento e remoção de conteúdos nocivos e a promoção de campanhas de conscientização para ajudar a educar o público sobre o problema.
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Como a tecnologia pode ser usada para combater a misoginia online?
- A tecnologia pode ser utilizada através de algoritmos para detectar e remover conteúdo de ódio, além de plataformas que oferecem suporte e segurança a vítimas de assédio e violência digital.
- Qual é o papel dos governos no combate a esse tipo de violência?
- Os governos devem legislar para proteger os cidadãos, implementar políticas públicas de prevenção e apoio a vítimas, e trabalhar em colaboração com a sociedade civil e o setor privado para criar um ambiente online seguro para todos.
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