Novas Regras para Óleos Lubrificantes Entram em Vigor no Brasil
A partir de 1º de março de 2025, uma nova regulamentação sobre óleos lubrificantes para automóveis começa a valer no Brasil, trazendo mudanças significativas que afetam tanto o setor automotivo quanto os consumidores. A "lei do óleo", como é conhecida, estabelece exigências rigorosas que as marcas de lubrificantes devem cumprir para que seus produtos possam ser comercializados no país.
Essas alterações são parte de um movimento global motivado pela crescente introdução de veículos híbridos e pela evolução dos motores. Os carros híbridos, que integram motores a combustão e elétricos, têm características de funcionamento diferentes dos veículos tradicionais, exigindo, por isso, uma atualização nas especificações dos lubrificantes.
A nova norma prevê a adoção das especificações API SQ e ILSAC GF-7A, que prometem oferecer formulações avançadas capaz de garantir maior proteção e eficiência para os motores. Segundo informações de Thiago Veiga, gerente de desenvolvimento de produto da Vibra, os novos requisitos trazem benefícios como proteção contra pré-ignição, gelificação, corrosão, controle na formação de cinzas sulfatadas e economia de combustível.
Recentemente, em entrevista à Revista Petrus, Danilo Sad, gerente de aditivos da Lubrizol na América Latina, ressaltou que o maior desafio para as novas formulações será atender às demandas dos veículos híbridos, que operam com o motor a combustão ligando e desligando frequentemente. “Com isso, precisamos de lubrificantes que se adaptem rapidamente a essas variações,” explicou Sad.
A última atualização nas normas globais de lubrificantes havia ocorrido em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Agora, com a introdução da nomenclatura SQ, a American Petroleum Institute (API) busca atender às inovações tecnológicas dos motores, cada vez mais complexos, e que frequentemente fazem uso de turbocompressores e injeção direta.
As montadoras e fabricantes de lubrificantes terão que se adaptar rapidamente a essas novas exigências, em um mercado onde a competitividade é acirrada e os consumidores buscam cada vez mais por tecnologias que garantam performance e segurança. Além do impacto direto no consumo de combustível, a nova legislação se alinha com um movimento global em favor da sustentabilidade, refletindo preocupações com a eficiência energética e a proteção ambiental.
As mudanças na lei do óleo não só representam um avanço na indústria automotiva do Brasil, mas também uma oportunidade para os motoristas melhorarem a performance e a durabilidade de seus veículos, especialmente em um cenário onde a inovação do setor é constante e acelerada.
Conclusão
Com a nova regulamentação programada para estrear em 2025, a indústria de lubrificantes no Brasil se mobiliza para se preparar para um futuro em que a eficiência e a proteção dos motores elétricos e híbridos serão essenciais. O impacto desta legislação pode ser profundo, afetando desde as montadoras até os consumidores finais em busca de maior segurança e desempenho para seus veículos.
