quarta-feira, janeiro 15, 2025
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Brasil Intensifica Apelo ao G20 por Liderança em Financiamento Climático

Brasil Pede Aumento de Financiamento Climático na COP29 em Baku

O Brasil tem se posicionado como um ator vital nas discussões sobre mudanças climáticas, especialmente neste contexto de COP29, que ocorreu em Baku, no Azerbaijão. Com a iminente cúpula do G20 se aproximando, marcada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, a pressão sobre as grandes economias do mundo para intensificarem seus esforços em financiamento climático tornou-se um tema central.

Ana Toni, Secretária Nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, destacou a importância de um financiamento robusto para que países em desenvolvimento, como o Brasil, consigam implementar planos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Ela argumentou que, embora o financiamento público seja essencial, a mobilização de recursos privados também é crucial. “Precisamos de ambos, e a sinalização política da Cúpula do G20 é muito importante”, declarou Toni.

O Brasil já apresentou na COP29 uma Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ambiciosa, planejando uma redução de até 67% nas emissões de gases de efeito estufa até 2035. Além disso, o país tem mostrado avanços significativos na redução do desmatamento e na criação de iniciativas como a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e Transformação Ecológica (BIP), que tem como objetivo atrair investimentos para projetos sustentáveis.

Entretanto, a necessidade de financiamento é alarmante. Segundo Avinash Persaud, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aproximadamente 2,4 trilhões de dólares por ano são necessários para que os países em desenvolvimento façam frente às adversidades climáticas. Essa quantia inclui a quantia necessária para a adaptação às mudanças climáticas e para lidar com perdas associadas a eventos climáticos extremos.

Ambas as declarações na COP29 e a urgência ressaltada pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, enfatizam que as 20 maiores economias do mundo, que geram 80% das emissões globais, devem agir com responsabilidade para enfrentar essa crise. Guterres chamou os líderes do G20 a demonstrar sua liderança por meio de ações concretas em financiamento climático.

O cenário geopolítico atual, incluindo as mudanças nas administrações de países como os Estados Unidos e Argentina, trouxe incertezas, mas a Secretária Ana Toni reafirmou que, independentemente dos desafios, “a ação climática é irreversível”. Ela concluiu afirmando que as negociações climáticas precisam continuar e que o Brasil está comprometido com os acordos multilaterais.

Perguntas Frequentes sobre Financiamento Climático e COP29:

  1. O que é financiamento climático?

    • Financiamento climático refere-se a recursos financeiros destinados a apoiar ações de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, especialmente nos países em desenvolvimento.
  2. Qual é o papel do G20 nas questões climáticas?

    • O G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo, é responsável por uma parte significativa das emissões globais e, portanto, sua ação é crucial para implementar soluções efetivas nas questões climáticas.
  3. Por que o Brasil está enfatizando a necessidade de um maior financiamento climático?

    • O Brasil busca financiamento para implementar suas ambiciosas metas de redução de emissões e para apoiar sua adaptação às mudanças climáticas, coordenando esforços com a comunidade internacional, especialmente em eventos como a COP29.
  4. Qual é a importância da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil?

    • A NDC é um compromisso formal que os países realizam sob o Acordo de Paris para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, mostrando a ambição e a seriedade do Brasil em lutar contra as mudanças climáticas.
  5. Quem vai financiar as ações necessárias para o combate às mudanças climáticas?
    • O financiamento deve vir de diversas fontes, incluindo governos (financiamento público), investidores privados e instituições financeiras, sendo necessário um esforço coordenado globalmente para atender às demandas significativas.

Fonte
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