Brasil e Outros 17 Países Lançam Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento para Enfrentar o Crime Organizado na América Latina e no Caribe
Em um contexto de crescente preocupação com a criminalidade e a segurança pública, dezoito países da América Latina e do Caribe se reuniram em Bridgetown, Barbados, para lançar a Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento. O evento, realizado na Cúpula de Segurança e Justiça da América Latina e Caribe nos dias 11 e 12 de dezembro de 2024, contou com a participação do Brasil, representado pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo.
A iniciativa, promovida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), visa integrar esforços entre governos, organizações multilaterais e a sociedade civil para combater o crime organizado. Segundo Sarrubbo, o encontro foi decisivo para estabelecer um sistema de segurança mais eficiente. “O trabalho em rede internacional será fundamental para o combate às organizações criminosas, com prioridade à inteligência e à prevenção das violências que afetam crianças e adolescentes”, destacou.
O projeto se fundamenta em três pilares principais: proteger populações vulneráveis, fortalecer instituições de segurança e justiça e reduzir mercados e fluxos financeiros ilícitos. A intenção é implementar políticas e ações concretas baseadas em evidências, criando um arcabouço robusto de cooperação entre os países participantes.
Ilan Goldfajn, presidente do BID, reafirmou a importância da colaboração regional: “O crime organizado opera entre fronteiras e requer ação concentrada. Proteger comunidades e desestimular atividades ilícitas é crucial para o sucesso da Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento”. Ele também enfatizou que a aliança permitirá a formação de parcerias estratégicas e a mobilização de recursos para enfrentar efetivamente o crime organizado na região.
Com a inclusão de países como Argentina, Chile, Guatemala e Uruguai, além de organizações internacionais como a OEA e INTERPOL, a Aliança representa um compromisso abrangente com a segurança e a justiça na América Latina. O Equador foi escolhido para ocupar a primeira presidência temporária da aliança, enquanto o BID atuará como facilitador técnico e estratégico.
A implementação das diretrizes da aliança se dará através de grupos de trabalho que proporão iniciativas para combater a violência e o tráfico em comunidades vulneráveis, além de buscar inovações tecnológicas para o fortalecimento dos sistemas de segurança.
Dúvidas Frequentes:
-
O que é a Aliança por Segurança, Justiça e Desenvolvimento?
- É uma iniciativa lançada por 18 países da América Latina e do Caribe para unir esforços no combate ao crime organizado, proteger populações vulneráveis e fortalecer instituições de justiça e segurança.
-
Quais são os pilares principais da Aliança?
- Os três pilares principais são: proteger populações vulneráveis, fortalecer instituições de segurança e justiça, e reduzir mercados e fluxos financeiros ilícitos.
-
Quem está participando da Aliança?
- Além do Brasil, 17 países como Argentina, Chile e Uruguai, e mais de 11 organizações, incluindo a OEA, INTERPOL e BID, fazem parte da aliança.
-
Como a aliança pretende operar?
- A aliança será guiada por um comitê diretor e grupos de trabalho técnicos que desenvolverão iniciativas direcionadas para combater a violência e melhorar os sistemas de segurança na região.
- Qual é o papel do BID na aliança?
- O BID atuará como secretário-técnico, oferecendo apoio estratégico, mobilizando recursos e contribuindo para a implementação de intervenções eficazes para fortalecer a segurança na América Latina e no Caribe.