A diversidade da dança brasileira é um dos principais destaques da 21ª Bienal de Dança de Lyon, um dos festivais internacionais mais renomados do segmento, que teve início no último sábado, 6 de setembro, e se estenderá até o dia 28 deste mês. Inserido no contexto do Ano Cultural Brasil-França, o Programa Funarte Brasil Conexões Internacionais visa promover a difusão das artes brasileiras. A iniciativa “Brasil Agora!” inclui sete espetáculos na programação oficial, com apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte), do Ministério da Cultura (MinC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Governo do Brasil.
Durante a abertura da Bienal, o público acompanhou a estreia mundial de “Borda”, uma nova criação da coreógrafa Lia Rodrigues, renomada mestre das artes. Além deste trabalho, o Brasil é representado por outras obras importantes, como Rue, de Volmir Cordeiro; Eu Não Sou Só Eu em Mim, de Alejandro Ahmed – Grupo Cena 11; Vapor – Ocupação Infiltrável, do Original Bomber Crew; Woords/Bosque, de Clarice Lima; Repertório N.2, de Davi Pontes e Wallace Ferreira; e O Samba do Crioulo Doido, de Luiz de Abreu e Calixto Neto. O coreógrafo Diego Dantas também coordena a 15ª edição do tradicional Le Défilé, que reúne 3 mil participantes amadores e 180 artistas profissionais, atraindo mais de 150 mil espectadores nas ruas de Lyon. A curadoria do Brasil Agora! é de responsabilidade do diretor artístico Tiago Guedes.
A presidenta da Funarte, Maria Marighella, destaca que a retomada das relações do Brasil com o mundo traz as artes brasileiras de volta à cena global, ampliando as narrativas culturais e artísticas do país. Ela ressalta a importância dessa Bienal para evidenciar a diversidade das criações e o compromisso com o contexto contemporâneo.
Durante a cerimônia de abertura, Marighella assinou um acordo de cooperação entre a Funarte, a Bienal de Dança de Lyon e a Maison de la Danse, estabelecendo um compromisso contínuo com a promoção da dança brasileira.
Pela primeira vez, a Funarte também possibilita a participação de nove jovens criadores das cinco regiões do Brasil em um percurso formativo que incluirá workshops, oficinas e mesas de debate, em colaboração com o Centre National de La Danse (CND). Com idades entre 18 e 29 anos, os selecionados foram escolhidos por meio de uma chamada pública da Bolsa Funarte Brasil Conexões Internacionais 2025. Além de suas atividades formativas, esses jovens terão espaço no Focus Dance, uma seção da Bienal voltada para a articulação com programadores, curadores, coreógrafos e diretores de festivais.
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