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Brasil Oficializa Lei para Estabelecer Mercado Regulamentado de Carbono

Brasil Institui Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa: Um Marco na Transformação Ecológica

Na última quinta-feira, 12 de dezembro de 2024, foi publicada no Diário Oficial da União a Lei nº 15.042, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE). Esta nova legislação marca um avanço significativo na busca do Brasil por um Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica, criando um mercado regulado de carbono que promete não apenas combater as mudanças climáticas, mas também atrair investimentos e oferecer novas oportunidades de renda aos cidadãos.

A iniciativa coloca o Brasil ao lado de países que já implementaram mecanismos similares de precificação de carbono, como parte de um compromisso global mais amplo, especialmente no contexto do Acordo de Paris. Com a nova lei, as emissões de gases poluentes poderão ser convertidas em ativos financeiros negociáveis, incentivando o setor privado a se engajar na redução de emissões e promovendo a preservação ambiental.

O coordenador-geral de Finanças Sustentáveis da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Pedro Bastos Neves, afirma que "para enfrentar o aquecimento global, precisamos de uma mudança estrutural nas nossas atividades econômicas." O mercado de carbono será crucial para incentivar métodos de produção mais sustentáveis e orientar investimentos em tecnologias que reduzam as emissões de gases de efeito estufa.

A legislação estabelece um sistema de metas específicas para as emissões, permitindo que empresas que não alcancem suas metas compensem suas falhas comprando Cotas Brasileiras de Emissão (CBEs) de outras que excederem as mesmas. Isso cria um ambiente de competitividade em que empresas que investem em tecnologias menos poluentes podem se beneficiar financeiramente, enquanto aquelas que não se adaptarem podem enfrentar custos adicionais.

O funcionamento do SBCE será baseado no conceito de cap-and-trade, onde o governo define um teto total de emissões e distribui ou leiloa as cotas correspondentes. Este sistema, diferentemente do mercado voluntário, será obrigatório e estará sujeito a fiscalização rigorosa, garantindo compliance das empresas.

A implementação do SBCE será gradual, dividida em cinco fases, garantindo segurança jurídica e prevendo um elevado envolvimento das empresas, além de estabelecer uma estrutura para cumprimento das metas de descarbonização. O cronograma projeta que, em cinco anos, o mercado de carbono esteja plenamente operacional, com a consultoria do Banco Mundial para guiar o processo.

Além dos aspectos regulatórios, a nova legislação reafirma o compromisso do Brasil com a redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se a metas estabelecidas no âmbito da Cop 29 e garantindo que todos os setores da economia participem deste esforço. Isso coloca o Brasil em uma posição de destaque no cenário global, capaz de atrair investimentos internacionais e promover um ambiente de economia mais verde e inclusiva.

Perguntas e Respostas sobre o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa

  1. O que é o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE)?
    O SBCE é um mercado regulado de carbono que permite que as emissões de gases de efeito estufa sejam convertidas em ativos negociáveis, promovendo a redução das emissões por meio de incentivos financeiros.

  2. Como as empresas irão se adaptar ao SBCE?
    As empresas terão metas de redução de emissões a cumprir. Caso não alcancem, poderão comprar Cotas Brasileiras de Emissão (CBEs) de outras empresas que reduzem mais do que suas metas, promovendo assim um equilíbrio de mercado.

  3. Qual o impacto esperado do SBCE na economia brasileira?
    Os especialistas projetam que o SBCE poderá impulsionar o crescimento do PIB ao atrair investimentos, gerar novas oportunidades de negócios, especialmente em setores sustentáveis, e contribuir para a criação de uma economia de baixo carbono.

  4. Como será a implementação do SBCE?
    A implementação ocorrerá em cinco fases, começando com regulamentações iniciais e criação de um órgão gestor, seguida pela operacionalização de monitoramento das emissões e leilões das cotas de emissão.

  5. Quais benefícios a legislação traz para o Brasil no cenário global?
    O SBCE posiciona o Brasil como um líder na agenda climática mundial, atraindo investimentos externos para projetos sustentáveis e contribuindo de forma significativa para o cumprimento das metas de descarbonização globais.

Fonte
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