Foz do Iguaçu Lança Edital para Construção da Casa da Mulher Brasileira
Na última segunda-feira (16), um passo significativo foi dado na luta contra a violência de gênero em Foz do Iguaçu, no Paraná, com o lançamento do edital de licitação para a construção da Casa da Mulher Brasileira (CMB). A iniciativa é fruto de uma colaboração entre o Ministério das Mulheres, Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec e a Prefeitura da cidade, com um investimento de R$ 11 milhões destinado pela Itaipu Binacional. A previsão é que essa estrutura essencial entre em operação até 2026.
A solenidade de lançamento ocorreu no auditório do Centro de Recepção de Visitantes da Usina de Itaipu e contou com a presença da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, do diretor-geral brasileiro da Itaipu, Enio Verri, do prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e demais autoridades locais. A ministra destacou que a Casa da Mulher Brasileira é uma antiga proposta do governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, que havia sido interrompida e agora ganha novo fôlego com o apoio do atual governo e da Itaipu.
Cida Gonçalves ressaltou as particularidades da região de fronteira, onde Foz do Iguaçu está situada, mencionando desafios como o tráfico de mulheres e a exploração sexual. O objetivo da CMB é não apenas ajudar mulheres brasileiras, mas também colaborar com países vizinhos a fim de criar uma rede de acolhimento e proteção para todas as mulheres vulneráveis na região.
Enio Verri, da Itaipu Binacional, enfatizou a importância do papel da empresa na construção da Casa, que deverá servir como um espaço multifuncional para o acolhimento de mulheres em situação de violência. A ideia é que o local ofereça serviços diversos, como apoio psicossocial, delegacia, promotorias e cursos de profissionalização, promovendo a reintegração social das usuárias.
O prefeito Chico Brasileiro descreveu a nova CMB como uma oportunidade de unificar a rede de proteção à mulher já existente na cidade, integrando serviços como a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e o Centro de Referência de Atendimento à Mulher. Ele reitera que a Casa será um espaço de acolhimento eficaz, onde as mulheres poderão viver com segurança e dignidade.
A construção da Casa da Mulher Brasileira em Foz do Iguaçu está inserida no Programa Mulher Viver sem Violência, coordenado pelo Ministério das Mulheres. Além disso, a assinatura do convênio para a construção da CMB se alinha a um esforço mais amplo, já que a cidade é um dos locais que aderiu ao Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios.
Comitê Contra Assédios
Durante a cerimônia, foi também assinado o documento de criação do Comitê de Prevenção e Enfrentamento aos Assédios e Discriminações da Itaipu, com a missão de combater casos de assédio dentro da empresa. Essa iniciativa demonstra um compromisso adicional em garantir um ambiente seguro e respeitoso para todos os colaboradores.
Perguntas e Respostas Sobre a Casa da Mulher Brasileira em Foz do Iguaçu
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O que é a Casa da Mulher Brasileira?
- A Casa da Mulher Brasileira é um espaço que oferece serviços especializados e integrados para atender mulheres em situação de violência, incluindo acolhimento, apoio psicossocial, e serviços jurídicos.
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Como será financiada a construção da Casa?
- O projeto conta com um investimento de R$ 11 milhões da Itaipu Binacional, que financia a construção da Casa, enquanto sua administração será responsabilidade do governo federal e das esferas estadual e municipal.
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Quando está prevista a abertura da Casa?
- A previsão é que a Casa da Mulher Brasileira em Foz do Iguaçu seja construída ao longo de 2025 e comece a funcionar em 2026.
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Quais serviços serão oferecidos na Casa?
- A Casa oferecerá uma variedade de serviços, incluindo acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, Ministério Público, Defensoria Pública, e programas de capacitação e profissionalização para as mulheres.
- Qual a importância da localização da Casa em Foz do Iguaçu?
- Foz do Iguaçu é uma região de fronteira com altos índices de violência contra mulheres, além de enfrentar desafios como tráfico e exploração sexual. A Casa busca atender também mulheres de outros países, criando uma rede de proteção e acolhimento internacional.