A cafeteira italiana, popularmente conhecida como moka, é um verdadeiro ícone das manhãs desde 1933. Seu design simples se contrapõe ao café forte e encorpado que produz, sem a necessidade de energia elétrica. O segredo está na pressão do vapor: a água morna se eleva pela base, atravessa o pó e chega ao reservatório superior, repleta de aromas. O resultado é distinto do espresso, mas agrada aqueles que buscam um sabor tradicional.
Você sabe como utilizá-la corretamente? Sabe escolher o café ideal, montar a moka e limpá-la sem erros? Para auxiliá-lo nesse preparo clássico, o TecMania elaborou um guia completo que aborda tudo a respeito da cafeteira italiana, desde o tipo de moagem até os materiais disponíveis no mercado. Ao final, você compreenderá por que esse aparelho se mantém espaço na cozinha moderna.
### Cafeteira italiana moka
As cafeteiras italianas são produzidas geralmente em dois materiais: alumínio e inox. Os modelos de alumínio são mais leves, aquecem rapidamente e costumam ser mais acessíveis. Por outro lado, as de inox se destacam pela durabilidade, resistência à ferrugem, melhor retenção de calor e compatibilidade com fogões de indução.
Em termos de capacidade, há modelos que preparam de uma a 18 xícaras por vez. Para a maioria dos lares, versões que variam entre 3 e 6 xícaras são as mais práticas. É importante ressaltar que quanto maior o volume, mais tempo o preparo pode levar, requerendo atenção extra na distribuição do pó para um café equilibrado e saboroso. Veja como utilizá-la:
1. Coloque a água na base, sempre abaixo da válvula de segurança para evitar pressão excessiva.
2. Insira o funil metálico logo acima, preenchendo-o com pó de café até a borda, sem compactar.
3. Rosqueie bem a parte superior, onde o café será armazenado.
4. Com tudo no lugar, leve ao fogo médio e espere o som característico: um borbulhar que indica que a bebida está quase pronta.
5. Assim que o compartimento superior estiver cheio, retire a moka do fogo imediatamente, pois deixá-la por mais tempo pode queimar o café e acentuar o amargor.
O processo dura de 3 a 6 minutos, dependendo do tamanho da cafeteira. O café é considerado pronto quando a parte superior está cheia e apenas vapor sai do bico. Verifique se o anel de vedação de borracha está em boas condições; se estiver desgastado ou mal posicionado, a pressão pode escapar e prejudicar a extração. Ao final do preparo, enxágue a cafeteira com água quente e deixe secar antes de aparafusar as partes novamente.
### Qual café usar na cafeteira italiana?
A moagem ideal é de média a fina, pois permite que a água passe com facilidade, extraindo o sabor sem deixar o café ralo ou amargo. Cafés adequados para espresso também funcionam, contanto que não sejam moídos em excesso. É aconselhável evitar cafés solúveis ou com aromatizantes artificiais, já que podem entupir o funil ou interferir no sabor. Blends com notas achocolatadas ou amadeiradas costumam harmonizar muito bem com o método.
O uso de café comum na moka é permitido, mas com algumas ressalvas. O pó tradicional, vendido em supermercados, geralmente possui moagem mais fina, adequada para coador de papel. Assim, na cafeteira italiana, pode dificultar a passagem da água e causar borra ou entupir a válvula. Para evitar problemas, recomenda-se reduzir a quantidade e não compactar o pó. Outra dica é peneirar o pó antes de colocá-lo no funil, eliminando partículas muito finas que dificultam o fluxo.
### Como fazer café na cafeteira italiana?
Após a montagem, leve a moka ao fogo médio. Gradualmente, a água começa a ferver, gerando pressão que empurra o vapor para cima, atravessa o pó e extrai os óleos e sabores, até subir para o compartimento superior. Durante o processo, o som muda de um borbulhar suave para um jato seco, sinalizando que é hora de retirar do fogo. Se desejar um café com mais corpo ou crema, mexa antes de servir, pois isso homogeniza os óleos e melhora a textura na xícara.
Caso a cafeteira seja de alumínio, é recomendável ter mais cuidado. O fogo deve ser médio ou baixo, pois o calor excessivo faz com que o café suba rapidamente, podendo apresentar um gosto metálico. O ideal é manter a chama centralizada na base e desligar assim que o café terminar de subir. Evite lavar a cafeteira com sabão, já que isso remove a camada natural de proteção adquirida com o uso e prejudica o sabor do café.
### Onde comprar cafeteira italiana?
Um dos modelos mais acessíveis é a moka de alumínio da Asia Golden, que possui capacidade para 6 xícaras e avaliação de 4,4/5 na Amazon. Leve e funcional, tem o formato clássico e é indicada para iniciantes, com um preço de apenas R$ 47.
Para quem busca algo mais sofisticado, a Cafeteira Bialetti Venus é uma excelente opção. Capaz de preparar até 6 xícaras, é fácil de limpar e garante um café consistente em menos de 5 minutos, destacando-se pela elegância e durabilidade do inox de alta qualidade. Avaliada com nota 4,2 de 5, o preço gira em torno de R$ 418 no Mercado Livre.
Já a Nuova Moka Express é uma escolha segura e clássica. Fabricada em alumínio de alta qualidade, mantém o charme das mokas e é simples de manusear e higienizar. A versão para 9 xícaras está disponível na Amazon por R$ 409 — um preço elevado, mas justificado pela média de 4,7 estrelas entre mais de 7.387 avaliações, com destaque para o acabamento, sabor do café e a experiência de utilização.
### Como limpar a cafeteira italiana?
A limpeza deve ser feita apenas após a cafeteira esfriar completamente. O pó usado deve ser descartado e todas as partes lavadas somente com água corrente, já que detergentes e outros sabões contêm substâncias químicas que podem danificar o utensílio.
### Qual a vantagem da cafeteira italiana?
A moka se destaca por produzir uma bebida encorpada, rica e com um sabor mais intenso do que o café filtrado tradicional, mas sem a pressão extrema do espresso. Ela oferece um equilíbrio entre praticidade e resultados: extrai mais sabor do que o coador, sem exigir a estrutura de uma máquina.
Além disso, a moka preserva compostos que normalmente se perdem no filtro de papel, como os óleos naturais que conferem corpo e aroma ao café, evidenciando características específicas de cada grão, especialmente os mais frescos e de torra média. Se essas características não fossem relevantes, a cafeteira não seria um xodó para os amantes do bom café há décadas.
