Em leilões de Contrato de Opção de Venda (COV) de arroz, realizados nos dias 21 e 22, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociou aproximadamente 109,2 mil toneladas do grão, de um total de 110 mil toneladas ofertadas. Segundo o balanço divulgado pela Companhia, foram comercializados 4.044 contratos, representando 99,8% do total disponibilizado pela estatal. Quando os contratos expirarem, agricultores que escolherem vender sua produção ao Governo Federal poderão contar com um investimento estimado em até R$ 181,1 milhões, abrangendo tanto a compra quanto despesas operacionais.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou que “esses papéis negociados garantem ao produtor a venda futura do produto ao governo a preços pré-fixados e justos. É a mão amiga do governo federal, assegurando a rentabilidade aos produtores em um momento em que os preços no mercado privado estão desfavoráveis”.
Os leilões contaram com a participação de agricultores e cooperativas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. No estado do Sul, 99% da oferta foi negociada, com 2.934 contratos, sendo todos os contratos com vencimento em outubro adquiridos. Em Santa Catarina, a totalidade da oferta foi adquirida. Arnoldo de Campos, diretor de Operações e Abastecimento da Conab, elucidou que “por meio deste instrumento, o produtor fica protegido e o Governo Federal pode reforçar os estoques públicos”.
Os contratos têm vencimento programado para 30 de setembro e 31 de outubro, com preços de venda definidos conforme os prazos de vencimento, acrescidos de custos logísticos e financeiros até a entrega do produto.
Esta operação foi autorizada pelos ministérios da Fazenda, da Agricultura e Pecuária, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, conforme a Portaria Interministerial Nº 26, publicada no Diário Oficial da União. A ação visa apoiar o setor agrícola diante da redução do preço do arroz em meio a uma boa oferta do produto e à recuperação das exportações asiáticas, que impacta a oferta no mercado internacional.
Além dessa rodada de leilões, a Companhia pode adquirir até 20 mil toneladas de arroz através da Aquisição do Governo Federal (AGF), uma ferramenta da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) para assegurar preços justos aos agricultores. Essa aquisição também foi autorizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
No final do ano passado, o Governo Federal realizou uma primeira rodada de leilões de Contrato de Opção de Venda de arroz, resultando em 3.396 contratos e negociação de cerca de 91,7 mil toneladas do grão.
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