Crédito Justo: R$ 2,8 Bilhões em Empréstimos para Trabalhadores
O programa Crédito Justo, que visa oferecer empréstimos consignados aos trabalhadores formais, tem apresentado resultados expressivos desde sua implementação em 21 de março de 2025. Até o primeiro de abril, o governo já havia liberado R$ 2,8 bilhões em empréstimos, beneficiando 452.445 trabalhadores. Os dados, divulgados pela Dataprev e repassados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostram que foram firmados um total de 453.494 contratos, com valor médio de crédito de R$ 6.240,57 por trabalhador.
Os números são promissores, especialmente para as faixas de renda mais baixas. Do total liberado, R$ 402,9 milhões foram direcionados a 104.747 trabalhadores que recebem até dois salários mínimos. Aqueles com renda entre dois e quatro salários mínimos também foram contemplados, contabilizando R$ 656,9 milhões para 117.840 pessoas. Em uma faixa mais elevada, trabalhadores que recebem de quatro a oito salários mínimos contrataram R$ 472,9 milhões, enquanto quem ganha acima de oito salários mínimos se beneficiou com R$ 801,1 milhões.
A adesão ao programa é expressa por sua facilidade: o Crédito Justo está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital para trabalhadores formalmente registrados. A partir de 25 de abril, a operação poderá ser realizada em todas as instituições financeiras por meio de suas plataformas digitais. Uma vantagem notável é que trabalhadores que já possuem empréstimos com desconto em folha poderão migrar seus contratos para o novo modelo, mantendo a mesma forma de pagamento que já utilizavam.
A orientação do governo é clara: antes de contratar, os trabalhadores devem comparar as taxas de juros e utilizar o crédito com cautela, priorizando a quitação de dívidas existentes. Instituições financeiras tradicionais, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, já estão oferecendo condições mais vantajosas, o que se alinha à proposta de um acesso mais justo ao crédito.
O Crédito Justo, conforme estabelecido pela Medida Provisória nº 1.292, é uma oportunidade para cerca de 47 milhões de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e microempreendedores individuais (MEI), desde que não possuam outro empréstimo consignado ativo.
Com prazos médios de pagamento de 18 meses e parcelas que giram em torno de R$ 349,20, o programa se apresenta como uma alternativa viável para quem busca melhorar sua situação financeira.
Perguntas e Respostas sobre o Crédito Justo
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Quem pode solicitar o crédito?
- O crédito está disponível para trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e MEIs, desde que não tenham outro empréstimo consignado atrelado ao mesmo emprego.
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Como é feito o pagamento do empréstimo?
- O pagamento é feito por meio de desconto em folha de pagamento, respeitando a margem consignável de 35% do salário do trabalhador.
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Quais são os valores médios dos empréstimos liberados?
- O valor médio do crédito concedido por trabalhador é de R$ 6.240,57, com parcelas médias de R$ 349,20 e prazo de 18 meses.
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Posso migrar meu empréstimo atual para o novo modelo?
- Sim, a partir de 25 de abril, trabalhadores que já possuem empréstimos com desconto em folha poderão migrar seus contratos para o novo modelo.
- Que cuidados devo ter antes de contratar o emprestimo?
- É importante comparar as taxas de juros entre diferentes instituições financeiras e planejar o uso do crédito, priorizando a quitação de dívidas existentes.