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Criminosos especializados no Golpe do Falso Leilão são detidos em operação com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública

Brasília, 09/09/2025 – A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (9), a Operação Lance Final, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa voltada para o golpe do falso leilão. A ação, que contou com a colaboração da Polícia Civil de São Paulo, cumpriu 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nas cidades de São Paulo e Itanhaém.

A organização atuava em todo o Brasil, criando sites falsos que simulavam leilões de veículos reais. As páginas fraudulentas tinham design altamente sofisticado, imitando documentos de leilões legítimos. Para garantir visibilidade, a quadrilha patrocinava links que apareciam nas primeiras posições dos resultados de busca online.

A investigação foi liderada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas (2ª DPRM/RS) e mobilizou 80 agentes de segurança pública, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), vinculado à Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

O Ciberlab, através de seu Núcleo de Operações em Criptoativos, prestou suporte técnico especializado para rastrear ativos virtuais relacionados à organização criminosa. Essa atuação permitiu mapear fluxos financeiros e identificar carteiras digitais utilizadas para ocultar recursos ilícitos.

Rodney da Silva, diretor da Diopi, enfatizou o apoio estratégico do Ciberlab na operação. Ele ressaltou que o MJSP tem investido consistentemente em tecnologia e capacitação profissional, visando modernizar as estruturas das polícias judiciárias. “Estamos priorizando a capacitação contínua e o fortalecimento institucional para que nossas forças de segurança enfrentem os desafios do crime organizado no ambiente digital”, declarou.

A pasta está em processo de implementação de uma rede nacional para fortalecer a inteligência cibernética, com o intuito de integrar forças policiais em todo o país e aumentar a cooperação interinstitucional. “Buscamos consolidar um sistema que une tecnologia, inovação e inteligência para enfraquecer as finanças do crime organizado e garantir mais segurança à sociedade”, concluiu Rodney da Silva.

Luciane Bertoletti, delegada da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, destacou que o principal objetivo da operação foi desarticular a rede criminosa e proteger a população de golpes digitais. “Esses crimes exploram a confiança das pessoas, utilizando tecnologia para enganar de forma sofisticada. Nossa missão é cortar o elo da fraude antes que mais famílias sejam prejudicadas”, afirmou.

Modus Operandi
A quadrilha empregava sites falsos para simular leilões, atuando com estratégias como clonagem de anúncios de veículos autênticos, patrocínio de links pagos para destacar seus sites nas buscas, criação de ambientes virtuais convincentes com documentos falsificados, e contato com as vítimas via WhatsApp até a concretização do golpe. Após o pagamento, os golpistas interrompiam o contato, deixando as vítimas sem o bem e sem reaver os valores.

A Operação Lance Final marca o fim de mais de um ano de investigações, com colaborações entre estados e apoio de inteligência cibernética. Além das prisões e apreensões, a ação resultou no bloqueio de sites fraudulentos ainda ativos.

Legislação
Os envolvidos poderão ser responsabilizados por crimes de estelionato na modalidade de fraude eletrônica (art. 171, §2-A do Código Penal), associação criminosa (Art. 288 do Código Penal) e lavagem de dinheiro (lei 9613/1998), com penas que podem chegar a 21 anos de prisão e multa.

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